segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

SOCIOLOGIA


ATIVIDADES DA SEMANA DE 14/12 ATÉ 18/12

OBSERVAÇÕES:

1 – Leia atentamente ao texto e assinale corretamente as questões da recuperação.

2 – Procure pela palavras-chave como: violência, Bullying, Violência Doméstica, Violência Familiar, Violência Psicológica, Violência Física.

3 - Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links deixados aqui.

4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp: 14 98174-8501.

5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo (Descanso semanal do professor).

FORMULÁRIOS GOOGLE:

2.º A:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/qNCJYM5Vpf5unkA18

Atividade 1: https://forms.gle/qmXV1jgkhwWELabGA

Atividade 2: https://forms.gle/AbpRCXHVryy3MVH3A

Atividade 3: https://forms.gle/WrbohTRZdPkX84NZ6

Atividade 4: https://forms.gle/3vnE89sg8ygeMUc46

Atividade 5: https://forms.gle/HakfcaSoAYYkZY5U8

Atividade 6: https://forms.gle/BvsiZcZB84YRUFNx5

Atividade 7: https://forms.gle/e27q4fKYmeaChYMY8

 

2.º B:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/Qt2Co9ux8mWFFVmM8

Atividade 1: https://forms.gle/VuRbLffvf7yTCqwg9

Atividade 2: https://forms.gle/qXNfrTxaBW2moCZJ9

Atividade 3: https://forms.gle/Kzw6gFNeng41aTEA9

Atividade 4: https://forms.gle/hWJJQEsBNieLVVm27

Atividade 5: https://forms.gle/j9XjjzzkUnEFDRGeA

Atividade 6: https://forms.gle/E7PF81AbXjuMGW9k8

Atividade 7: https://forms.gle/5wq9no71oPBX1QX88

 

2.º C:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/e46xjpmJupDufZQ58

Atividade 1: https://forms.gle/ZcSjL6oUDCA8ANdV6

Atividade 2: https://forms.gle/62WjcgzVezYx7xoJ9

Atividade 3: https://forms.gle/Yy4DkKGokD2XDzFHA

Atividade 4: https://forms.gle/ggA8aCNHWv575fgK9

Atividade 5: https://forms.gle/JGGGxhmnmp1kSMjJ7

Atividade 6: https://forms.gle/wxfMcTrYqsrkDzaT9

Atividade 7: https://forms.gle/4R87Yy8Vc7ifBGRJ9

 

2.º D:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/WtoPfuSqmBhVm9Nq5

Atividade 1: https://forms.gle/a2N3isAeGsJvW9m18

Atividade 2: https://forms.gle/ycHMFSNttADkn2Nn9

Atividade 3: https://forms.gle/QsgjwQc7G4w7noWf9

Atividade 4: https://forms.gle/aTi8K4469tJ6XY1S6

Atividade 5: https://forms.gle/Admtu9EFQTHXwCVU8

Atividade 6: https://forms.gle/NN8szbThEGTYHRBm8

Atividade 7: https://forms.gle/MLd4V9RwgDkej3qB9

 

2.º E:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/w5jsS8JcaWh6NH6p6

Atividade 1: https://forms.gle/36XrySc895Jmoujg7

Atividade 2: https://forms.gle/GcTz187WDAefKtHe9

Atividade 3: https://forms.gle/m65ZFMjYWA3dB1R27

Atividade 4: https://forms.gle/U3kG82w4tfdqHv577

Atividade 5: https://forms.gle/aV2Z1DKWW6LtkJA26

Atividade 6: https://forms.gle/mVx4aGoiViAHDSwc9

Atividade 7: https://forms.gle/R4XFcsnBE8dYKgxc6

 

2.º F:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/iZPrzSKSJ8Lvx6tJ7

Atividade 1: https://forms.gle/qjH9oAkfD3k5dfJ98

Atividade 2: https://forms.gle/4x73AmSTYyxpNwWW9

Atividade 3: https://forms.gle/xbLhJpdtU7kxVwrS7

Atividade 4: https://forms.gle/2K3jp4J1bwXfd8Y29

Atividade 5: https://forms.gle/VmX6nqVjjh1P5zpw9

Atividade 6: https://forms.gle/iZ3h1ck2994VtxcK9

Atividade 7: https://forms.gle/7a9K6ZEZgKp9aRzm6

 

2.º ANO

RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA

TIPOS DE VIOLÊNCIA

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem diferentes tipos de Violência, e entre elas temos:

Violência Interpessoal - Violência doméstica/intrafamiliar: Considera-se violência doméstica/intrafamiliar a que ocorre entre os parceiros íntimos e entre os membros da família, principalmente no ambiente da casa, mas não unicamente. É toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outra pessoa da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem laços de consanguinidade, e que tenha relação de poder. A violência doméstica/intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde a violência ocorre, mas também, às relações em que se constrói e efetua. Este tipo de violência também inclui outros membros do grupo, sem função parental, que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que convivem esporadicamente, agregados.

Violência Física: Também denominada sevícia física, maus-tratos físicos ou abuso físico. São atos violentos, nos quais se fez uso da força física de forma intencional, não-acidental, com o objetivo de ferir, lesar, provocar dor e sofrimento ou destruir a pessoa, deixando, ou não, marcas evidentes no seu corpo. Ela pode se manifestar de várias formas, como tapas, beliscões, chutes, torções, empurrões, arremesso de objetos, estrangulamentos, queimaduras, perfurações, mutilações, dentre outras. A violência física também ocorre no caso de ferimentos por arma de fogo (incluindo as situações de bala perdida) ou ferimentos por arma branca.

Violência Psicológica/Moral: É toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem. É toda ação que coloque em risco ou cause dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Esse tipo de violência também pode ser chamado de violência moral. No assédio moral, a violência ocorre no ambiente de trabalho a partir de relações de poder entre patrão e empregado ou empregado e empregado. Define-se como conduta abusiva, exercida por meio de gestos, atitudes ou outras manifestações, repetidas, sistemáticas, que atentem, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, que ameace seu emprego ou degrade o clima de trabalho. Portanto, a violência moral é toda ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da pessoa. O bullying é outro exemplo de violência psicológica, que se manifesta em ambientes escolares ou outros meios, como o ciberbullying.

ATIVIDADE

APÓS A LEITURA DO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) DE ACORDO COM O TEXTO, A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA/INTRAFAMILIAR ATINGE PRINCIPALMENTE:

(   ) FAMILIARES.

(   ) AMIGOS.

2) DE ACORDO COM O TEXTO, O BULLYING, QUE SE MANIFESTA EM AMBIENTES ESCOLARES É UMA VIOLÊNCIA DE TIPO:

(   ) FÍSICA

(   ) PSICOLÓGICA.

ESTA AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO É VOLTADA PARA OS ALUNOS QUE NÃO ENTREGARAM ATIVIDADES NO 4º BIMESTRE.

PARA OS DEMAIS ALUNOS HAVERÁ ACRÉSCIMO DA PONTUAÇÃO NA NOTA BIMESTRAL, SE A REALIZAREM.

ALUNOS QUE PRECISAM REALIZAR A RECUPERAÇÃO:

2.º A: 04,05,06,07,08,11,12,15,16,19,22,25,26,28,32.

2.º B: 01,02,03,05,06,09,10,14,15,16,19,20,21,24,25,28.

2.º C: 03,07,08,09,11,13,19,21,22,23,24,25,26,30,31.

2.º D: 01,02,03,05,10,11,12,15,21,22,26,27,28,29,30.

2.º E: 02,04,05,06,09,10,11,15,16,17,20,25,26,27,28,30,32,33,34,36,37,38,40.

2.º F: 02,07,08,10,11,12,14,15,17,19,22,24,25,26,27,28,29,30, 32,35,37,38,40,41.

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 07/12 ATÉ 11/12

OBSERVAÇÕES:

1 – Leia atentamente ao texto e assinale corretamente as questões da recuperação.

2 – Procure pela palavras-chave como: violência, Bullying, Violência Doméstica, Violência Familiar, Violência Psicológica, Violência Física.

3 - Tente realizar as atividades do 4.º Bimestre acessando os links deixados aqui.

4 – Qualquer dúvida, procure o professor enviando mensagem do chat da plataforma Classroom, através do email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp: 14 98174-8501.

5 – Dias e horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23 horas); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Sábado e Domingo (Descanso semanal do professor).

FORMULÁRIOS GOOGLE:

2.º A:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/qNCJYM5Vpf5unkA18

Atividade 1: https://forms.gle/qmXV1jgkhwWELabGA

Atividade 2: https://forms.gle/AbpRCXHVryy3MVH3A

Atividade 3: https://forms.gle/WrbohTRZdPkX84NZ6

Atividade 4: https://forms.gle/3vnE89sg8ygeMUc46

Atividade 5: https://forms.gle/HakfcaSoAYYkZY5U8

Atividade 6: https://forms.gle/BvsiZcZB84YRUFNx5

Atividade 7: https://forms.gle/e27q4fKYmeaChYMY8

 

2.º B:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/Qt2Co9ux8mWFFVmM8

Atividade 1: https://forms.gle/VuRbLffvf7yTCqwg9

Atividade 2: https://forms.gle/qXNfrTxaBW2moCZJ9

Atividade 3: https://forms.gle/Kzw6gFNeng41aTEA9

Atividade 4: https://forms.gle/hWJJQEsBNieLVVm27

Atividade 5: https://forms.gle/j9XjjzzkUnEFDRGeA

Atividade 6: https://forms.gle/E7PF81AbXjuMGW9k8

Atividade 7: https://forms.gle/5wq9no71oPBX1QX88

 

2.º C:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/e46xjpmJupDufZQ58

Atividade 1: https://forms.gle/ZcSjL6oUDCA8ANdV6

Atividade 2: https://forms.gle/62WjcgzVezYx7xoJ9

Atividade 3: https://forms.gle/Yy4DkKGokD2XDzFHA

Atividade 4: https://forms.gle/ggA8aCNHWv575fgK9

Atividade 5: https://forms.gle/JGGGxhmnmp1kSMjJ7

Atividade 6: https://forms.gle/wxfMcTrYqsrkDzaT9

Atividade 7: https://forms.gle/4R87Yy8Vc7ifBGRJ9

 

2.º D:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/WtoPfuSqmBhVm9Nq5

Atividade 1: https://forms.gle/a2N3isAeGsJvW9m18

Atividade 2: https://forms.gle/ycHMFSNttADkn2Nn9

Atividade 3: https://forms.gle/QsgjwQc7G4w7noWf9

Atividade 4: https://forms.gle/aTi8K4469tJ6XY1S6

Atividade 5: https://forms.gle/Admtu9EFQTHXwCVU8

Atividade 6: https://forms.gle/NN8szbThEGTYHRBm8

Atividade 7: https://forms.gle/MLd4V9RwgDkej3qB9

 

2.º E:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/w5jsS8JcaWh6NH6p6

Atividade 1: https://forms.gle/36XrySc895Jmoujg7

Atividade 2: https://forms.gle/GcTz187WDAefKtHe9

Atividade 3: https://forms.gle/m65ZFMjYWA3dB1R27

Atividade 4: https://forms.gle/U3kG82w4tfdqHv577

Atividade 5: https://forms.gle/aV2Z1DKWW6LtkJA26

Atividade 6: https://forms.gle/mVx4aGoiViAHDSwc9

Atividade 7: https://forms.gle/R4XFcsnBE8dYKgxc6

 

2.º F:

Link: recuperação do 4.º Bimestre: https://forms.gle/iZPrzSKSJ8Lvx6tJ7

Atividade 1: https://forms.gle/qjH9oAkfD3k5dfJ98

Atividade 2: https://forms.gle/4x73AmSTYyxpNwWW9

Atividade 3: https://forms.gle/xbLhJpdtU7kxVwrS7

Atividade 4: https://forms.gle/2K3jp4J1bwXfd8Y29

Atividade 5: https://forms.gle/VmX6nqVjjh1P5zpw9

Atividade 6: https://forms.gle/iZ3h1ck2994VtxcK9

Atividade 7: https://forms.gle/7a9K6ZEZgKp9aRzm6

 

2.º ANO

RECUPERAÇÃO DE SOCIOLOGIA

TIPOS DE VIOLÊNCIA

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem diferentes tipos de Violência, e entre elas temos:

Violência Interpessoal - Violência doméstica/intrafamiliar: Considera-se violência doméstica/intrafamiliar a que ocorre entre os parceiros íntimos e entre os membros da família, principalmente no ambiente da casa, mas não unicamente. É toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outra pessoa da família. Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da família, incluindo pessoas que passam a assumir função parental, ainda que sem laços de consanguinidade, e que tenha relação de poder. A violência doméstica/intrafamiliar não se refere apenas ao espaço físico onde a violência ocorre, mas também, às relações em que se constrói e efetua. Este tipo de violência também inclui outros membros do grupo, sem função parental, que convivam no espaço doméstico. Incluem-se aí empregados(as), pessoas que convivem esporadicamente, agregados.

Violência Física: Também denominada sevícia física, maus-tratos físicos ou abuso físico. São atos violentos, nos quais se fez uso da força física de forma intencional, não-acidental, com o objetivo de ferir, lesar, provocar dor e sofrimento ou destruir a pessoa, deixando, ou não, marcas evidentes no seu corpo. Ela pode se manifestar de várias formas, como tapas, beliscões, chutes, torções, empurrões, arremesso de objetos, estrangulamentos, queimaduras, perfurações, mutilações, dentre outras. A violência física também ocorre no caso de ferimentos por arma de fogo (incluindo as situações de bala perdida) ou ferimentos por arma branca.

Violência Psicológica/Moral: É toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições humilhantes e utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem. É toda ação que coloque em risco ou cause dano à autoestima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Esse tipo de violência também pode ser chamado de violência moral. No assédio moral, a violência ocorre no ambiente de trabalho a partir de relações de poder entre patrão e empregado ou empregado e empregado. Define-se como conduta abusiva, exercida por meio de gestos, atitudes ou outras manifestações, repetidas, sistemáticas, que atentem, contra a dignidade ou a integridade psíquica ou física de uma pessoa, que ameace seu emprego ou degrade o clima de trabalho. Portanto, a violência moral é toda ação destinada a caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da pessoa. O bullying é outro exemplo de violência psicológica, que se manifesta em ambientes escolares ou outros meios, como o ciberbullying.

ATIVIDADE

APÓS A LEITURA DO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) DE ACORDO COM O TEXTO, A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA/INTRAFAMILIAR ATINGE PRINCIPALMENTE:

(   ) FAMILIARES.

(   ) AMIGOS.

2) DE ACORDO COM O TEXTO, O BULLYING, QUE SE MANIFESTA EM AMBIENTES ESCOLARES É UMA VIOLÊNCIA DE TIPO:

(   ) FÍSICA

(   ) PSICOLÓGICA.

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 30/11 ATÉ 04/12

OBSERVAÇÕES:

1 – Leia a atividade com atenção.

2 – O texto da aula trata das causas da violência contra a mulher.

3 – Procure pelas palavras-chave: violência; mulher; cultura patriarcal; relações de poder.

4 – Assista as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário das 17:45.

5 – Qualquer dúvida, entrar em contato pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou no whatsapp 14 981748501 e pelo classroom.

6 – Horário de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05hs e 19:00 às 23:00hs), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00hs), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05hs e 19:00 às 23:00hs).

Responder e enviar as atividades no Formulários do Google ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

FORMULÁRIOS DO GOOGLE:

2.º A: https://forms.gle/vzRLbmJiLxFb4RUJ9

2.º B: https://forms.gle/HtUndnyEDqAk4TGu6

2.º C: https://forms.gle/pTjxES1pioAiGJZ57

2.º D: https://forms.gle/MqBYfkDZwmg2F2Uw5

2.º E: https://forms.gle/XMJdZRzZG7q8ph3Z6

2.º F: https://forms.gle/Jf6N9BKSbKfSpiLo8

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Causas da violência contra a mulher

A origem da violência contra a mulher está na cultura patriarcal. Desde os primórdios de nossa história, as mulheres foram deixadas em uma segunda categoria, sempre abaixo dos homens. Nós temos uma cultura extremamente pautada em relações de poder que privilegiam o domínio dos homens. A cultura, por si só, é extremamente violenta contra a mulher, dela é tolhido o direito:

>> de ser quem é;

>> de exercer sua liberdade;

>> de expressar suas vontades, sua sexualidade e sua individualidade.

Essa maneira de dominar a mulher sustenta, indiretamente, a violência, pois é ela que coloca a mulher como objeto de dominação.

As causas estão nas estruturas de nossa sociedade. Por exemplo, a cultura do homem heterossexual é misógina. A nossa sociedade estimula os homens heterossexuais a relacionarem-se sexualmente com mulheres, mas a admirarem, seguirem, ovacionarem e inspirarem-se sempre em outros homens. Vivemos em uma sociedade em que as mulheres ganham, em média, menos que os homens desempenhando as mesmas funções e em que, para conquistarem cargos de chefia, é necessário que elas se esforcem muito mais que um homem.

As estruturas patriarcais também “coisificam” a mulher colocando ela mesma e o seu corpo como um objeto que pode ser usado pelos homens. Essa reificação (ou coisificação) é a principal causa da violência contra a mulher: ao desumanizar-se uma pessoa, ao reificá-la, permite-se o abuso contra a sua individualidade.

A escravização de negros africanos era justificada durante o período colonial pela premissa de que os negros não tinham alma, eram animais, não eram humanos ou eram humanos inferiores. A cultura patriarcal faz quase o mesmo com a mulher: inferioriza-a, coloca-a como um ser dotado de faculdades mentais inferiores, como um ser desprezável e necessário apenas para a reprodução. Com isso, a cultura reifica a mulher e coloca-a como um objeto que pode ser violentado.

ATIVIDADE

LEIA A ATIVIDADE COM ATENÇÃO E RESPONDA CORRETAMENTE:

1) DE ACORDO COM O TEXTO, A ORIGEM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ESTÁ NA CULTURA:

(   ) OCIDENTAL.

(   ) PATRIARCAL.

(   ) MATRIARCAL.

2) SEGUNDO O TEXTO, NÓS TEMOS UMA CULTURA EXTREMAMENTE PAUTADA EM RELAÇÕES DE:

(   ) AFIRMAÇÃO.

(   ) NEGAÇÃO.

(   ) PODER.

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 20/11 ATÉ 27/11

Observações:

1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente.

2 – Procure pelas palavras-chave.

3 – A atividade trata da discussão da violência no Brasil, mais especificamente, dos homicídios por arma de fogo no país e no mundo.

4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no Classroom.

5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 17:45.

FORMULÁRIOS GOOGLE:

2.º A: https://forms.gle/3tEZjEzUwdaNEr8o6

2.º B: https://forms.gle/hpe86wkH63DgayvS6

2.º C: https://forms.gle/yBPpzjDbb745CnTc6

2.º D: https://forms.gle/xWrLeE2Te2jDACfeA

2.º E: https://forms.gle/EvphbeLE6sWqQBGe6

2.º F: https://forms.gle/RpQYJNkWAMWTGmEJ6

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

BRASIL LIDERA RANKING DE MORTES POR ARMA DE FOGO NO MUNDO

Pesquisa internacional mostrou que seis países das américas somam metade das mortes por arma de fogo do mundo

Bruno Santa Rita*  

O Brasil foi o país que apresentou o maior número de mortes por arma de fogo no mundo. Segundo dados da Pesquisa Global de Mortalidade por Armas de Fogo (Global Mortality from firearms, 1990 - 2016), do Instituto de métricas e avaliação em saúde (Institute for Health Metrics and Evaluation), o país soma 43.200 mortes. Atrás do Brasil, vem os Estados Unidos, com 37.200 mortes. Apenas seis países das Américas comportam metade de todas as mortes por arma de fogo no mundo.

Brasil, Estados Unidos, México, Colômbia, Venezuela e Guatemala são os países que juntos somam metade das mortes por arma de fogo de todo mundo. O número corresponde a um total de 126.990 mortes.

O estudo engloba mortes decorrentes do uso de armas de fogo, sendo elas homicídios, suicídios e acidentes. O recorte temporal é de 1990 até 2016, em 195 países e territórios. Foram separados casos de morte por faixa etária e sexo. Mortes em conflitos terroristas, execuções não foram contabilizados para os resultados finais da pesquisa.

Em uma análise total, o estudo mostrou que a maior parte dos países analisados pela pesquisa entre os anos de 1990 e 2016 tiveram queda nos índices a respeito do assunto. Porém, 41 países (praticamente metade da América Latina e do Caribe) demonstraram-se constantes em diversos indicadores substanciais a respeito de mortes por arma de fogo.

No mesmo compasso que o número absoluto de mortes por armas de fogo aumentou de 209 mil mortes para 251 mil em 2016, a taxa de mortes pelo mesmo motivo diminuiu sutilmente nesse mesmo espaço de tempo. Durante os 26 anos englobados pelo estudo, o indicador de homicídios causados por essas armas se manteve estagnado, sem queda significativa.

Homicídios:

O país El Salvador fica em primeiro lugar, com uma taxa de 38,9 mortes a cada 100 mil pessoas. Logo em seguida, vem a Venezuela (32,9), Guatemala (28,0), Colombia (24,3) e Honduras (21,6). No ranking de homicídios causados por morte de fogo, o Brasil encontra-se no 7; lugar, com taxa de 18,2 mortes a cada 100 mil pessoas.

Suicídios:

A Groenlândia foi o país com a maior taxa de suicídios causados por arma de fogo com taxa de 22 mortes a cada 100 mil pessoas. Em segundo lugar, ficou os Estados Unidos com 6,4 mortes a cada 100 mil. O Uruguai atingiu o terceiro lugar desse ranking com 4,2 mortes/100mil pessoas. A Venezuela e a Argentina foram os outros dois países da América Latina que entraram no ranking de 10 países com maior taxa de suicídio por arma de fogo.

https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2018/08/28/interna-brasil,702432/brasil-lidera-ranking-de-mortes-por-arma-de-fogo-no-mundo.shtml. Acesso em: 24/11/2020.

 

ATIVIDADE

RESPONDA AS QUESTÕES CORRETAMENTE

1) SEGUNDO OS DADOS DA PESQUISA GLOBAL DE MORTALIDADE POR ARMA DE FOGO, QUAL O TOTAL DE MORTES NO BRASIL?

2) QUAIS SÃO OS PAÍSES QUE JUNTOS SOMAM METADE DAS MORTES POR ARMA DE FOGO NO MUNDO?

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 16/11 ATÉ 20/11

PREZADO ALUNO, 

APLICAÇÃO  DA AVALIAÇÃO  PROCESSUAL,  TERÁ  INICIO , EM 13/11 ATÉ  23/11/2020,SERÁ  ON LINE.
INFORMAMOS DA OBRIGATORIEDADE DA REALIZAÇÃO  DA REFERIDA AVALIAÇÃO, PARA EFEITO DE  MÉDIA  FINAL DO ANO LETIVO DE 2020.
💢A AVALIAÇÃO  CONSTITUE DE 26 QUESTÕES  DE PORTUGUÊS  E 26 DE MATEMÁTICA 
💢SIGA  AS INSTRUÇÕES  PASSO A PASSO PARA ACESSAR A AVALIAÇÃO:
💢ENTRAR NA SED-SECRETARIA ESCOLAR DIGITAL 
https://sed.educacao.sp.gov.br/
PREENCHA OS DADOS DE LOGIN E SENHA 
LOGIN: (NÚMERO  RA)
SENHA: DATA DE NASCIMENTO ( Se não mudou)
NO MENU, SELECIONE AS  OPÇOES:
💢  PEDAGÓGICO 
💢PLATAFORMA  CAED
CLIQUE EM CADERNO 
DE ATIVIDADES  DE PORTUGUÊS  E MATEMÁTICA 
CLIQUE EM INICIAR,LEIA COM ATENÇÃO AS QUESTÕES,  ESCOLHA A RESPOSTA CORRETA, CLIQUE EM PRÓXIMO 
CHEGANDO NA ÚLTIMA QUESTÃO,  CLIQUE EM FINALIZAR. APÓS FINALIZAR NÃO  PODERÁ  RETORNAR  A PROVA.
APÓS  O INÍCIO  DA AVALIAÇÃO   O ALUNO PODERÁ  FINALIZAR EM ATÉ  48 HORAS CORRIDAS.
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-Assista ao vídeo para esclarecer suas dúvidas:

https://www.youtube.com/watch?v=j389erhv-QY

https://www.youtube.com/watch?v=oB6uaAx4Tek

ATIVIDADES DA SEMANA DE 09/11 ATÉ 13/11

OBSERVAÇÕES:

1-Observe as imagens com atenção.

2-A atividade trata de violência contra os jovens.

3-Realize alguns cálculos.

4-Tente entender o que as imagens tentam transmitir aos alunos.

5-Ao final, responda as questões ao final da atividade.

6-Qualquer dúvida me contate pelo whatsapp 14 981748501 ou pelo email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

7-Estarei online na Plataforma do Classroom, Whats e Email nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

8-Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário das 17:45hs.

9-Ao concluir a atividade, enviar as respostas pelo formulário do Google ou pelo Whatsapp 14 981748501 ou pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

 

PRAZO DE ENTREGA

13/11/2020

FORMULÁRIOS DO GOOGLE:

2.º A: https://forms.gle/Lqvj4mvZZXxEvskq7

2.º B: https://forms.gle/TLZKXeQXT16toBzv7

2.º C: https://forms.gle/YXtZtz1CovSKAvcG7

2.º D: https://forms.gle/QK3Ygo53HAftDtS9A

2.º E: https://forms.gle/xvY7ayJ4Y6m78Frw5

2.º F: https://forms.gle/CAtJqZgZRqa1vG9K7

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

VIOLÊNCIA CONTRA O JOVEM

Preste atenção nas imagens e responda as questões abaixo:

 

 

 

 

 

 

ATIVIDADE

 

1) O QUE ESSAS IMAGENS RETRATAM?

2) O QUE ELAS TÊM EM COMUM?

3) QUE IDADE TINHA A PESSOA MAIS NOVA QUANDO FALECEU?

4) QUE IDADE TINHA A PESSOA MAIS VELHA QUANDO FALECEU?

5) QUAL A MÉDIA DE IDADE DESSES JOVENS QUANDO FALECERAM?

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 03/11 ATÉ 06/11

OBSERVAÇÕES:

1-ler atentamente ao texto e responder corretamente as questões.

2-O texto da aula trata da discussão a respeito da violência contra os jovens.

3-Procure pelas palavras-chave como: violência, juventude, agressão

4-Assistir as aulas no Centro de Mídias as 5.ªs feiras no horário das 17:45hs.

5-Responder as questões da atividade preferencialmente no formulário do Google disponibilizado. Quem não conseguir acessar, pode enviar imagens legíveis da atividade realizado no whatsapp 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6-Estarei atendendo aos alunos nos seguintes dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00). Qualquer dúvida enviar mensagem no whatsapp ou no email.

 

FORMULÁRIOS GOOGLE:

2.º A: https://forms.gle/FSACnhEufnJCTuPA9

2.º B: https://forms.gle/4Aa2K9EtdmcTKpRx5

2.º C: https://forms.gle/19vVKDpZLUSbcDoA9

2.º D: https://forms.gle/YPQEUQyVbesXpeXQ8

2.º E: https://forms.gle/GnccdYqWb7DWrbmT6

2.º F: https://forms.gle/GDi1JXCt2oGvwdz57

 

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

O CONTEXTO DA VIOLÊNCIA CONTRA OS JOVENS

A questão da violência contra jovens é uma das mais delicadas e dolorosas fraturas da vida social no Brasil, e é sobre ela que precisamos aprender novas formas de problematização para suscitar debates à altura dos desafios.

É preciso lembrar que práticas de violência não ocorrem no vazio social, mas estão conectadas a um contexto sociológico mais amplo. As diversas formas da violência estão ligadas a variados conflitos sociais e ao campo das desigualdades que as tornam mais agudas.

Se os indivíduos adultos da sociedade contemporânea sentem-se frágeis, vulneráveis e, por vezes, descartáveis nas dinâmicas da vida competitiva e da nova economia, o que dizer dos segmentos jovens, que ainda buscam construir seus repertórios e recursos para lidar com os problemas da vivência coletiva?

Quando falamos de jovens, devemos considerar a sua pluralidade – pois não há uma juventude, mas juventudes no plural. Por exemplo, as práticas de consumo dos jovens se dão em razão da adoção de estilos de vida que possam alimentar de sentido a existência e o viver.

Dizer que os jovens buscam uma vida que possa ser considerada significativa é uma afirmação que merece duas observações complementares. Primeiro, o sentido da busca é impresso pela perspectiva dos próprios jovens. Não adianta adotar posturas adultocêntricas que pretendem impor autoritariamente para os jovens o modelo de conduta a ser adotado.

Segundo, não há um único modelo nem há um formato supostamente superior que sirva como modelo para todos os outros. As juventudes são plurais em suas buscas e, por conseguinte, os modelos de referência também o são.

Os jovens se realizam pela aquisição de capacidades agentivas de sujeitos (percepção, imaginação, desejo, competência, habilidade) por meio de diversos estilos de vida. E o que isso tudo tem a ver com o entendimento da violência contra jovens?

O primeiro ponto é esse alargamento que é preciso fazer nos debates. Não há relação de causa e efeito linear entre pobreza e violência. As violências estão mais próximas do fenômeno da desigualdade do que da pobreza.

Afinal, pode haver diminuição da pobreza, num sentido estritamente econômico, e aumento das desigualdades pela distribuição das oportunidades de poder, cultura, arte e lazer. A renda, por si só, não é capaz de definir mudanças de estilo de vida, o que não quer dizer que alterações nas rendas das famílias não pressionem mudanças na estratificação da vida social.

Segundo ponto, as violências cometidas contra os jovens são lidas socialmente por uma tendência de criminalização da juventude. Os jovens são percebidos por certos discursos que alimentam tais percepções como “infratores”, “criminosos”, e essas criminalizações muitas vezes não correspondem à realidade dos fatos.

Terceiro, a sujeição de jovens às formas de violência (doméstica, sexual, letal etc.) precisa ser discutida a partir da relação entre vitimização e protagonismo de violência.

Poderíamos aventar a seguinte hipótese para animar o debate: não há protagonista de violência que não tenha sido vítima de violência, afinal, esta é aprendida no contexto das interações sociais violentas, o que não quer dizer que toda vítima de violência necessariamente se tornará um agressor.

Quarto ponto, a própria palavra violência é polissêmica. Ela guarda tantos sentidos quanto múltiplas são as experiências de quem a usa.

Em vez de definir previamente o que seja a violência, tanto nas pesquisas quanto nos processos pedagógicos, parece ser mais instigante estimular as expressões simbólicas da violência nas perspectivas de diversos atores sociais, de modo que os interlocutores, os educandos, possam perceber entre si a diversidade de contextos socioculturais que os afetam. Desse modo, esses se tornariam intérpretes do fenômeno por meio do diálogo interpares com a mediação dos educadores.

Existe uma tendência generalizada em se enxergar a violência como sendo algo realizado pelos outros. São diversas as resistências por parte de um sujeito em se assumir como agressor, perpetrador, protagonista e ator de violência. Descarregar a culpa da violência nos outros, principalmente, quando esses outros são tão socialmente vulneráveis, é uma ação de violência simbólica que alimenta o circuito das violências.

Um quinto ponto poderia ser resumido pela ideia do uso da violência como recurso de estilização de atitudes. Essa estética (produto não exclusivo dos jovens, mas de indústrias culturais, campo da publicidade e outras mediações) tem feito uma celebração de um ideal de “eu” que, no fundo, é a celebração do ideal de adulto a ser socialmente premiado: aquele que obtém sucesso, dinheiro e poder para a ostentação de seus feitos, mesmo que de modo ilegal.

Há fantasias de onipotência nessas fórmulas massivamente difundidas que podem instigar as fantasias dos impotentes e dos frustrados, o que ocorre com frequência, trazendo consequências para outras formas de legitimação da participação na vida social.

Nas discussões sobre o tema da violência contra os jovens, o risco maior é o lugar que ocupam as emoções na caracterização do problema. Preconceitos, estereótipos, clichês, julgamentos morais, raivas, verdadeiras descargas emocionais ocorrem quando o tema da violência é proposto.

O próprio educador, como mediador das discussões, precisa exercer uma autorreflexão no processo para não imprimir aos debates as marcas pessoais de suas frustrações e prejulgamentos. Não há nada mais fácil do que escorregar para o campo apaixonado das lutas de opinião, o que faz do objeto da violência um dos mais difíceis de ser apreendidos de modo crítico e racional.

Desconstruir os discursos sobre a violência, problematizando-os, parece ser o caminho mais razoável para enfrentar esse tema repleto de animosidades.

*Leonardo Sá é professor da Universidade Federal do Ceará e pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência – LEV/INCT/Pronex

 

ATIVIDADE

RESPONDA CORRETAMENTE AS QUESTÕES:

1) A QUESTÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA OS JOVENS É UMA DAS MAIS DELICADAS E DOLOROSAS FRATURAS DA VIDA SOCIAL NO BRASIL? ASSINALE.

(   ) NÃO

(   ) SIM

2) DE ACORDO COM O TEXTO QUANDO FALAMOS DE JOVENS, HÁ UMA ÚNICA JUVENTUDE OU JUVENTUDES NO PLURAL?

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA DE 26/10 ATÉ 30/10

Observações:

1 – Ler atentamente o texto e realizar a atividade corretamente.

2 – O texto aborda a temática das dimensões e formas da violência.

3 – Procure pelas palavras-chave.

4 – Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário da 17:45.

5 – Estarei atendendo aos alunos no whatsapp 14 98174-8501 e no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6 – Horários e Dias de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Estarei recebendo as atividades no whatsapp (Imagens legíveis), Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no formulário do Google.

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

DIMENSÕES E FORMAS DA VIOLÊNCIA

Assim, partindo do raciocínio apresentado, podem os perceber que a violência caracteriza as ações humanas não somente no plano das interações entre os indivíduos, mas também nas relações entre grupos; ela pode se dar de forma direta, por meio de agressões propriamente ditas que geram danos físicos, ou por outros meios que não necessariamente

afetam o corpo da pessoa, mas a prejudicam do ponto de vista moral e psicológico, ou ofendem suas crenças e seus costumes. Além disso, os efeitos da violência podem não ser sentidos ou percebidos imediatamente à sua consecução, mas após algum tempo ou ainda perdurar por muitos anos, como é o caso de pessoas que sofrem sequelas ou ficam traumatiza das após terem sido vítimas de atos violentos.

A dimensão mais imediatamente perceptível da violência contra outro ser humano é aquela que gera danos – permanentes ou não – à sua integridade física. É o que denominam os de violência física. Alguns exemplos são: tapas, empurrões, chutes, mordidas, queimaduras, tentativa s de asfixia, de afogamento, de homicídio etc. Boa parte dos atos entendidos como formas de violência física são tipifica dos como crimes de lesão corporal, isto é, quando ofendem a integridade e a saúde corporal de outra pessoa. Nesse caso, ela pode ser leve ou grave, quando a pessoa: corre perigo de vida; passa a sofrer debilidade permanente de membro, sentido ou função; perde ou fica com um dos membros, sentidos ou funções inutilizados; fica incapacitada para o trabalho; fica deformada; aborta ou é levada ao parto prematuro. No limite, a violência física leva à morte da vítima. Nesse caso, a violência física é tipificada como crime de homicídio.

A violência física também pode assumir conotação sexual, quando a pessoa é constrangida a manter relações sexuais contra sua vontade. Nesse caso, é denomina da crime de estupro. Embora a lei brasileira interprete o estupro como crime contra os costumes, esse ato não deixa de ser uma forma de violência que afeta profundamente as pessoas em sua personalidade, desrespeitando os direitos humanos, ao ferir a integridade pessoal e o controle do próprio corpo.

A violência não necessariamente precisa deixar marcas no corpo de uma pessoa. A própria ameaça de violência física gera transtornos de natureza psicológica que constrangem a vítima a adotar comportamentos contra sua vontade ou, ao contrário, privam-na de sua liberdade. Por essa razão, esse tipo de violência é denomina da violência psicológica. Alguns exemplos são humilhações, ameaças de agressão, danos propositais ou ameaças de dano a objetos, animais de estimação ou pessoas queridas, privação de liberdade, assédio sexual, entre outros. Porém, nem sempre uma pessoa que sofre de violência psicológica percebe que é vítima. O uso constante de palavrões, expressões depreciativas, manifestações de preconceito, por exemplo, podem levar a tal degradação da autoestima que a pessoa passa a acreditar que ela é a responsável pela violência da qual é vítima.

A percepção ou não da condição de vítima (e, por conseguinte, de agressor) é uma questão fundamental para a compreensão da dimensão simbólica da violência; ou seja, quando as relações de dominação entre grupos sociais encontram-se tão enraizadas e naturalizadas que a violência exercida de uns sobre os outros é vista como uma parte “natural” da ordem social estabelecida. Nesse caso, tanto o grupo social dominado como o dominante (uma vez que compartilham os mesmos instrumentos de conhecimento social da realidade) pensam e se relacionam de modo semelhante, aceitando padrões de comportamento que tendem a reproduzir a dominação e, consequentemente, a violência de uns sobre outros.

 

Um exemplo de como isso ocorre em nossa sociedade são as relações entre homens e mulheres, nas quais se encontra enraizada a noção de que os homens são mais fortes, e as mulheres, fisicamente mais frágeis. Os comportamentos violentos seriam uma característica “natural” do homem.

A dificuldade em encontrar uma definição precisa para essa questão está no fato de que a concepção de violência que temos atualmente nem sempre foi a mesma e a percepção que uma população tem a respeito dela também muda no tempo, conforme a sociedade, o Estado e as instituições responsáveis pela segurança se organizam para controlá-la. Além disso, as leis, ou seja, as normas e as regras que regulam as relações entre os indivíduos no interior de uma sociedade, também se modificam histórica e culturalmente. Desse ponto de vista, o que é considerado uma forma de violência contra a pessoa, em um determina do país ou cultura, pode não ser em outro, e vice-versa.

Um exemplo é o caso da pena de morte. Alguns países preveem em sua Constituição a pena de morte, enquanto outros, como o Brasil, não. Em uma mesma sociedade, diferenças regionais, sociais, econômicas e culturais contribuem para modificar as percepções sobre a violência. Por essa razão, é importante enfatizar aos alunos que nada pode ser considerado “normal” ou “natural” apenas porque hoje a violência faz parte do nosso cotidiano, em maior ou menor grau; é preciso sempre adotar um olhar de distanciamento em relação ao fenômeno social da violência e uma postura reflexiva e crítica quanto aos seus efeitos e consequências para a sociedade como um todo.

 

ATIVIDADE

LEIA O TEXTO ATENTAMENTE E RESPONDA CORRETAMENTE:

1) NOME E SÉRIE

2) A DIMENSÃO MAIS IMEDIATAMENTE PERCEPTÍVEL DA VIOLÊNCIA CONTRA OUTRO SER HUMANO É AQUELA QUE GERA DANOS PERMANENTES OU NÃO À SUA INTEGRIDADE FÍSICA?

(   ) SIM

(   ) NÃO

3) O BRASIL ADOTA EM SUA CONSTITUIÇÃO A PENA DE MORTE?

(   ) NÃO.

(   ) SIM.

 


 

 

ATIVIDADES DA SEMANA 19/10 ATÉ 23/10

Observações:

1 – Ler atentamente o texto e realizar a atividade corretamente.

2 – O texto aborda a temática da violência, discutindo-o conceitualmente.

3 – Procure pelas palavras-chave.

4 – Assistir as aulas no Centro de Mídias às 5.ªs feiras no horário da 17:45.

5 – Estarei atendendo aos alunos no whatsapp 14 98174-8501 e no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6 – Horários e Dias de atendimento aos alunos: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Estarei recebendo as atividades no whatsapp (Imagens legíveis), Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no formulário do Google.

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

O QUE É VIOLÊNCIA

Conceito de Violência

O termo deriva do latim violentia, ou seja, força ou vigor contra qualquer coisa ou ente. Dessa forma, violência é o uso da força que resulta ferimentos, tortura ou morte, ou o uso de palavras ou ações que machucam as pessoas ou, ainda, abuso do poder.

A violência é característica do animal humano, faz parte dele, provém do instinto. Porém, após o longo processo de civilização do ser humano, conseguimos atenuar o nível de violência do homem, classificando-o como civilizado.

Civilizado significa capaz de conviver em harmonia com outro ser humano. Para àqueles incapazes de conviver em harmonia criamos a segregação, ou seja, separação do ser humano impossibilitado de ser civilizado. Essa solução é o ápice ao qual chegamos para a solução do problema atualmente, pelo menos do ponto de vista da aprovação social. Segundo o Dicionário (qual??), violência “é a ação ou efeito de violentar, de empregar força física, contra alguém ou algo, ou ainda, intimidação moral contra alguém”.

Para a comunidade internacional de Direitos Humanos, a violência é compreendida como todas as violações dos direitos civis, como a vida, a propriedade, a liberdade de ir e vir, de consciência e de culto. Políticos, como o direito a votar e a ser votado, ter participação política. Sociais, como habitação, saúde, educação, segurança. Econômicos, como emprego e salário. Culturais, como o direito de manter e manifestar sua própria cultura.

Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como “a imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”. Mas especialistas afirmam que o conceito é muito mais amplo e ambíguo do que essa mera constatação de que a violência é a imposição de dor, a agressão cometida por uma pessoa contra outra; mesmo porque a dor é um conceito muito difícil de ser definido.

Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Invade a autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. Diferencia-se de força, palavras que costumam estar próximas na língua e pensamento cotidiano. Enquanto força designa, em sua acepção filosófica, a energia ou firmeza de algo, a violência caracteriza-se pela ação corrupta, impaciente e baseada na ira, que não convence ou busca convencer o outro, simplesmente o agride.

Sendo assim, a violência é um dos temas mais avassaladores, dentre tantos quantos assaltam nossa preocupação quotidiana, tanto nas ruas e nos campos quanto nas rodovias e nas cidades.

Violência dolosa, violência culposa, violência preterintencional. Violência é o uso abusivo ou injusto do poder, assim como o uso da força que resulta em ferimentos, sofrimento, tortura ou morte.

 

ATIVIDADE

 

1) O termo violência deriva de?

2) O que é a violência segundo o texto?

3) O que significa o termo civilizado?

4) Para a comunidade internacional de Direitos Humanos, a violência é compreendida como?

5) Qual é a definição de violência para a Organização Mundial de Saúde?

 

 

 

ATIVIDADES DA SEMANA 13/10 ATÉ 16/10

Observações:

1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente.

2 – Procure pelas palavras-chave.

3 – A atividade trata do desemprego.

4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no Classroom.

5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 17:45.

Observações:

1 – Leia atentamente as questões e responda corretamente.

2 – Procure pelas palavras-chave.

3 – A atividade trata do desemprego.

4 – Responder preferencialmente nos formulários do Google que serão disponibilizados no Classroom.

5 – Qualquer dúvida entrar em contato no whats 14 98174-8501 ou no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

6 – Atendimento aos alunos no chat da plataforma Classroom e no whats nos dias e horário: Segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00), Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00), Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7 – Assistir as aulas no Centro de Mídias na 5.ª feira às 17:45.

 

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

O DESEMPREGO

Depois das grandes transformações pelas quais o Brasil passou nos últimos trinta anos, a questão do desemprego continua sendo um dos grandes problemas nacionais. Na agricultura houve a expansão da mecanização em todas as fases — preparo da terra, plantio e colheita —, ocasionando a expulsão de milhares de pessoas, que tomaram o rumo das cidades. Na indústria, a crescente automação das linhas de produção também colocou milhares de pessoas na rua.

Para ter uma ideia do que aconteceu nesse setor, basta dizer que, na década de 1980, para produzir 1,5 milhão de veículos, as montadoras empregavam 140 mil operários. Hoje, para produzir 3 milhões de veículos, as montadoras empregam apenas 90 mil trabalhadores. Nos serviços, principalmente no setor financeiro, a automação também desempregou outros tantos. Enfim, se a chamada modernização dos setores produtivos e de serviços conseguiu aumentar riqueza nacional, não provocou o aumento da quantidade de empregos — ao contrário, a modernização tem aumentado o desemprego.

Esse quadro só poderá ser mudado com mais desenvolvimento econômico, afirmam alguns; outros dizem que é impossível resolver o problema na sociedade capitalista, pois, por natureza, no estágio em que se encontra, ela gera o desemprego, e não há como reverter isso na presente estrutura social; há ainda os que consideram o desemprego uma questão de sorte, de relações pessoais, de ganância das empresas, etc.

Todas as explicações podem conter um fundo de verdade, desde que se saiba a perspectiva de quem fala. Entretanto, está faltando uma explicação, que deixará claro que o desemprego não é uma questão individual nem culpa do desempregado.

Essa explicação está na política econômica desenvolvida no Brasil há mais de vinte anos, até o início do século XXI. A inexistência de postos de trabalho, além das razões anteriormente apontadas, foi o resultado de uma política monetária de juros altos e, também, de uma política fiscal de redução dos gastos públicos.

Nos últimos anos, essa tendência foi alterada com a queda gradativa dos juros e com o aumento dos gastos públicos. Excetuando o final de 2008 e o ano de 2009, devido à repercussão da crise financeira mundial, observa-se que há uma tendência de queda do desemprego no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada no início de 2009 pelo IBGE, a taxa de desemprego em 2008 ficou em 7,9%, contra 9,3% em 2007. É o menor índice da série histórica, iniciada em 2002, que contempla os dados das regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

A previsão para 2010 é que o nível de emprego e o aumento de renda retornarão aos patamares anteriores à crise financeira. Isso só poderá ocorrer com a ampliação da presença do Estado nos mais diversos setores — educação saúde, segurança, transporte, cultura, esporte, lazer —, além de investimentos maciços em obras públicas (de infraestrutura, principalmente) e habitação e incentivos crescentes a todos os setores industriais, o que envolverá a contratação de milhares de pessoas.

 

ATIVIDADE:

1) O que houve na Agricultura que ocasionou a expulsão de milhares de pessoas que tomaram o rumo das cidades?

2) O que aconteceu na Indústria para que ela fosse responsável por colocar milhares de pessoas na rua?

3) Quantos operários as montadoras de automóveis empregam hoje para produzir 3 milhões de veículos?

4) Segundo a Pesquisa Mensal de Emprego divulgada no início de 2009 pelo IBGE, o índice de desemprego em 2008 ficou em:

5) Qual é a previsão para 2010 em relação ao nível de emprego e aumento de renda?

 


 ATIVIDADES DA SEMANA DE 28/09 ATÉ 02/10 

OBSERVAÇÕES:

1-Leia atentamente o texto e depois procure responder corretamente as questões pedidas.

2-A aula trata da temática do trabalho, emprego, desemprego, mudanças na sociedade, mudanças no perfil do trabalhador.

3-Procure pelas palavras-chaves: trabalho; emprego e juventude; trabalho e estudo; Ensino Médio; Família; Mercado de trabalho.

4-Assistir as aulas de Sociologia no Centro de Mídias semanalmente às 5.ªs feiras às 17:45hs.

5-Responder as questões preferencialmente no formulário do Google. Caso não seja possível, enviar as respostas das atividades realizadas e identificadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6-Estarei atendendo os alunos em eventuais dúvidas nos dias e horários:

Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7-Eventuais dúvidas também podem ser enviadas para o email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whats 14 98174-8501 e no chat do Classroom.

8-Boa semana de estudos para todos.

LINKS PARA OS FORMULÁRIOS:

2.º A: https://forms.gle/7Gm9HDr4EZErdX6f9

2.º B: https://forms.gle/YXv7QawcF2gj8wCa6

2.º C: https://forms.gle/KQB9JoJGa79F6FBL6

2.º D: https://forms.gle/gDKuGe6Xbh3r2sqE9

2.º E: https://forms.gle/MCfFSV4dEch4tNpP6

2.º F: https://forms.gle/rTnXMEU2qzB937xB7

 

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO

Leia o texto com atenção:

“Ao lado do término da escolaridade formal e da constituição de uma nova família, o ingresso no mercado de trabalho constituía-se tradicionalmente como um marco importante da transição dos jovens para a vida adulta. E para boa parte dos jovens dos chamados países desenvolvidos esse ingresso ocorria apenas após o término da educação formal. No Brasil, esta realidade nunca foi predominante para a maioria dos jovens, sendo mais evidentes o início da vida ativa antes mesmo da conclusão da escolaridade e a combinação entre trabalho e estudo. Mas, tanto nos países desenvolvidos quanto aqui, muitos estudos passaram a reconhecer a diversificação e complexidade dos caminhos das jovens gerações em direção à vida adulta. Nesse processo, as transformações na instituição escolar e no mundo do trabalho têm um lugar importante, parecendo significativo aprofundar a observação dos percursos juvenis nas duas esferas.

Primeiramente, considerando o mundo do trabalho, ainda se encontra em curso um intenso

processo de crise e transformação que, há pelo menos mais de 30 anos, vem atingindo de modo diferenciado as mais diversas regiões, setores e perfis dos trabalhadores.

A partir dos anos 1970, nos países desenvolvidos, e do final dos anos 1980, no Brasil, os mercados de trabalho tornaram-se cada vez mais heterogêneos e fragmentados, observando-se um grupo de trabalhadores com alta qualificação, atividades em período integral e direitos trabalhistas assegurados convivendo ao lado de uma grande massa de trabalhadores pouco qualificados, ocupando postos de trabalho precários, mal remunerados, muitas vezes sem quaisquer direitos trabalhistas, e junto ainda a um número cada vez maior de desempregados. Sendo assim, as transformações no mundo do trabalho e o aumento dos ganhos de produtividade não significam aumento do nível de emprego, tornando o desemprego um problema estrutural no cenário global. O período mais recente mostra um contexto de maior crescimento da atividade econômica e das oportunidades de empregos e ocupações que, embora ainda insuficientes, podem ser indicativos de relevantes mudanças socioeconômicas em curso”.

CORROCHANO, Maria Carla...[et al]Jovens e trabalho no Brasil – desigualdades e desafios para as políticas públicas. São Paulo: Ação Educativa, Instituto ibi, 2008. p. 9.

O texto traz dois conjuntos de questões:

Em primeiro lugar, a referência à passagem da juventude à idade adulta, que tem como marcos a conclusão do Ensino Médio ou Superior, o ingresso no mercado de trabalho e a constituição de uma nova família. No caso do Brasil, essa passagem nunca ocorreu de forma tão linear, mas, sim, com constantes rupturas, seja com relação à frequência à escola, seja ao ingresso e permanência no mercado de trabalho. Os jovens, na maioria das vezes, conciliam escola e trabalho ou abandonam a escola para dedicar-se ao trabalho. Esse quadro tem se tornado mais complexo com as mudanças no mundo do trabalho;

Essas mudanças, que no Brasil se iniciaram a partir dos anos 1980, provocaram alterações no mercado de trabalho, diversificando-o e colocando novas exigências para os trabalhadores. Até pouco tempo, acreditava-se que o progresso técnico levaria ao progresso social. Entretanto, estudos realizados demonstram que a riqueza de alguns países capitalistas não para de aumentar, mas, ao mesmo tempo, aumentam as taxas de desemprego e o número de excluídos do mercado de trabalho. O crescimento econômico ocorre, portanto, acompanhado pela redução dos postos

de trabalho, ou seja, ele não leva ao pleno emprego (situação na qual praticamente todos os que querem trabalhar conseguem arranjar emprego). As transformações no mundo do trabalho tiveram conseqüências para o exercício do trabalho, exigindo do trabalhador ajuste às novas condições. Se, por um lado, exigem-se novas qualificações e maior escolaridade, por outro são criadas formas degradadas ou precárias de trabalho. Logo, as transformações no mundo do trabalho são extremamente contraditórias. De um lado qualificam-se alguns ramos de atividade e, de outro, ocorre uma desqualificação de certos setores ou a sua precarização.

Os estudos têm revelado que essas transformações resultam especialmente da automação

ou introdução de inovações tecnológicas.

LEIA O TEXTO DA AULA COM ATENÇÃO E RESPONDA AS QUESTÕES CORRETAMENTE:

1) Qual era a passagem que indicava um marco da passagem do jovem para a vida adulta?

2) Há quanto tempo um intenso processo de crise e transformação atinge o mundo do trabalho atingindo diversas regiões, setores e perfis dos trabalhadores? Aponte.

3) Nos países ricos ao lado do aumento da riqueza, o que ocorre também em contraste na relação do emprego?

4) A partir dos anos 1970 nos países desenvolvidos e no Brasil a partir dos anos 1980, os mercados de trabalhos se tornaram o quê, de acordo com o texto? Aponte.

5) Na questão do estudo e a entrada no mercado de trabalho, qual é característica do Brasil? Os alunos esperam terminar a conclusão do Ensino Médio ou boa parte deles são alunos-trabalhadores? Qual sua visão do assunto?

 

ATIVIDADES PARA A SEMANA DE 21/09 ATÉ 25/09

OBSERVAÇÕES:

1-Leia atentamente o texto e depois procure responder corretamente as questões pedidas.

2-A aula trata da apresentação de um texto do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que aborda a questão do emprego e desemprego.

3-Procure pelas palavras-chaves: jovens; trabalho; emprego; taxas; desemprego; renda; estudo; analfabetismo.

4-Assistir as aulas de Sociologia no Centro de Mídias semanalmente às 5.ªs feiras às 17:45hs.

5-Responder as questões preferencialmente no formulário do Google. Caso não seja possível, enviar as respostas das atividades realizadas e identificadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

6-Estarei atendendo os alunos em eventuais dúvidas nos dias e horários:

Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05) e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).

7-Eventuais dúvidas também podem ser enviadas para o email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whats 14 98174-8501 e no chat do Classroom.

8-Boa semana de estudos para todos.

2.º A: https://forms.gle/NSGja4R8eGFd269NA

2.º B: https://forms.gle/d4Wg9vMxoa3MHHUd7

2.º C: https://forms.gle/yMqsVHSLPfaJjn7YA

2.º D: https://forms.gle/LhqAfugSxvanrEA88

2.º E: https://forms.gle/g1T8AwSqJeoDP2i97

2.º F: https://forms.gle/KexrZ786S8N54nRU6

 

 

 

2.º ANO

AULA DE SOCIOLOGIA

MERCADO DE TRABALHO: EMPREGO E DESEMPREGO

Leia o texto a seguir:

Ipea: jovens são 46,6% de desempregados no País

Carolina Ruhman – Agência Estado.

SÃO PAULO – Cerca da metade do total de desempregados no Brasil tem entre 15 e 24 anos, segundo pesquisa divulgada hoje pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. De acordo com o estudo, a proporção entre o número de jovens desempregados e o total de pessoas sem emprego no País era de 46,6% em 2005, a maior taxa entre os dez países pesquisados. No mesmo período, no México, essa proporção era de 40,4%; na Argentina, de 39,6%; no Reino Unido, de 38,6%; e, nos Estados Unidos, de 33,2%.

Segundo o Ipea, o problema do desemprego tende a ser mais acentuado entre os jovens do que no restante da população em todo o mundo, e o crescimento do desemprego entre os jovens reflete a expansão geral do problema em todas as faixas etárias. Entretanto, o instituto avalia que não há tendência de aproximação entre as taxas de desemprego de jovens e adultos. “Ao contrário, a taxa de desemprego dos jovens cresce proporcionalmente mais”, destaca o documento.

O desemprego entre os jovens brasileiros de 15 a 24 anos é 3,5 vezes maior que entre os adultos com mais de 24 anos. O índice vem aumentando, uma vez que em 1995 era de 2,9 vezes e em 1990, 2,8. A pesquisa mostra que, em 2006, a taxa de desemprego era de 5% entre os adultos de 30 a 59 anos, de 22,6% entre os jovens de 15 a 17 anos, de 16,7% entre 18 e 24 anos, e de 9,5% entre 25 e 29 anos.

O Ipea atribui esse fenômeno à maior rotatividade entre os trabalhadores jovens do que entre os adultos, o que implica uma taxa de desemprego maior. O instituto ressalta que parte dessa rotatividade não é necessariamente problemática, já que está mais relacionada às decisões do jovem e ao processo de “experimentação’’ em várias ocupações.

Entretanto, esta questão também é explicada pelo lado da demanda, uma vez que os postos de trabalho ocupados por pessoas de baixa qualificação e experiência são, em geral, os piores em termos de remuneração e condições de trabalho, além de terem os menores custos de demissão e contratação. Nesse contexto, os jovens encontram disponíveis apenas ocupações precárias e de curta duração, destaca o Ipea.

Escolaridade

A pesquisa chama atenção também para a defasagem escolar. De acordo com o estudo, cerca de 34% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda estão no Ensino Fundamental, enquanto apenas 12,7% dos jovens de 18 e 24 anos frequentam o Ensino Superior. “Em suma, com o aumento da idade diminui a frequência de jovens à educação escolar”, aponta o estudo.

Por outro lado, a proporção de jovens fora da escola é crescente, conforme a faixa etária: 17% entre os com idade de 15 a 17 anos; 66% entre 18 e 24 anos e 83% entre 25 e 29 anos, sendo que muitos deles não chegaram a completar o Ensino Fundamental.

Outro ponto destacado pelo estudo é o grau de analfabetismo no Brasil. A taxa de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever um bilhete simples ainda se mantinha acima de 10% em 2006. “É uma taxa bastante elevada, sobretudo quando comparada às de outros países do próprio continente sul-americano, como Uruguai, Argentina e Chile, cujas taxas variam entre 2% e 4%”, aponta o documento.

De acordo com o estudo, o analfabetismo entre jovens de 15 a 24 anos tornou-se um “problema residual” nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País, onde as taxas giram em torno de 1%. Já no Nordeste, o problema é maior, já que a região ainda registra taxa de 5,3% de analfabetismo para os jovens entre 15 e 24 anos e de 11,6% para a faixa etária de 25 a 29 anos.

Representatividade

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia em 2006 no País 51,1 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, o que correspondia a 27,4% da população total. O número é 48,5% maior do que o de 1980, quando havia no País 34,4 milhões de jovens”.

O Estado de S. Paulo, 20 maio de 2008. Disponível em: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco175595,0.htm.  Acesso em: 20/09/2020.

 


OBSERVAÇÕES:
1-Leia atentamente a atividade e responda a atividade corretamente.
2-O texto trata da forma de organização do trabalho conhecido como fordismo-taylorismo.
3-Palavras-chaves: fordismo; fordismo-taylorismo; modo de organização; trabalho; capitalismo.
4 – Procure responder, se puder, no formulário do Google com a atividade.
5 – Estarei atendendo aos alunos no email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br e no whatsapp 14 981748501.
6 – Dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); e Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).
7 – Sábado e domingo (repouso semanal do professor).
8 – Qualquer dúvida entre em contato que procurarei responder o mais rápido possível. Grato.

2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
FORDISMO-TAYLORISMO
No século XX, o aperfeiçoamento contínuo dos sistemas produtivos deu origem a uma divisão do trabalho muito bem detalhada e encadeada. Essa nova forma de organização tornou-se conhecida como fordismo, numa referência a Henry Ford (1863-1947). Foi ele quem, a partir de 1914, implantou em sua fábrica de automóveis um modelo que seria seguido por muitas outras indústrias, a ponto de representar uma nova etapa da produção industrial.
As mudanças introduzidas por Ford visavam à produção em série de um produto (o Ford modelo T) para o consumo em massa. Ele estabeleceu a jornada de oito horas, por 5 dólares ao dia, o que, na época, significava renda e tempo de lazer suficientes para o trabalhador suprir todas as suas necessidades básicas e até adquirir um dos automóveis produzidos na empresa. Iniciava-se, assim, o que veio a se chamar a era do consumismo: produção e consumo em larga escala. Esse processo disseminou-se e atingiu quase todos os setores produtivos das sociedades industriais.
Mas isso por si só não explica o fordismo. É apenas um de seus aspectos, o mais aparente. Já no final do século XIX, Frederick Taylor (1865-1915), em seu livro Princípios de administração científica, propunha a aplicação de princípios científicos na organização do trabalho, buscando maior racionalização do processo produtivo. Com as mudanças introduzidas por Henry Ford em sua fábrica, as expressões fordismo e taylorismo passaram a ser usadas para identificar um mesmo processo: aumento de produtividade com o uso mais adequado possível de horas trabalhadas, por meio do controle das atividades dos trabalhadores, divisão e parcelamento das tarefas, mecanização de parte das atividades com a introdução da linha de montagem e um sistema de recompensas e punições conforme o comportamento dos operários no interior da fábrica.
Em razão dessas medidas, foi desenvolvido um sistema de planejamento para aprimorar cotidianamente as formas de controle e execução das tarefas, o que resultou na criação de um setor de especialistas na administração da em presa. A hierarquia, bem como a impessoalidade das normas, foi introduzida no processo produtivo, sempre comandado por administradores treinados para isso. A capacidade e a especialização dos operários tinham valor secundário, pois o essencial eram as tarefas de planejamento e supervisão.
Por incrível que pareça, essas diretrizes não foram utilizadas apenas no universo capitalista; o modelo fordista-taylorista foi adotado também, com algumas adaptações, na então União Soviética. O próprio Lênin aconselhava sua utilização como uma alternativa para elevar a produção industrial soviética.
Com Ford e Taylor, a divisão do trabalho passou pelo planejamento vindo de cima, não levando em conta os operários. Para corrigir isso, Elton Mayo (1880-1949), professor da Universidade de Harvard (Estados Unidos), buscou medidas que evitassem o conflito e promovessem o equilíbrio e a colaboração no interior das empresas. Suas ideias de conciliação, desenvolvidas na Escola de Relações Humanas a partir dos anos 1930, procuravam revalorizar os grupos de referência dos trabalhadores, principalmente o familiar, evitando assim um desenraizamento dos operários.
A visão de Taylor, a de Ford e, depois, a de Elton Mayo revelam a influência das formulações de Durkheim sobre a consciência coletiva. Durkheim afirmou que há uma consciência coletiva que define as ações individuais, submetendo todos à norma, à regra, à disciplina, à moral e à ordem estabelecidas. As empresas devem dar continuidade a isso, definindo claramente o lugar e as atividades de cada um, para que não haja dúvida sobre o que cada membro deve fazer. Se houver conflito, diz ele, deve ser minimizado através de uma coesão social, baseada na ideia de consenso, orientada pela existência de uma consciência coletiva que paira acima dos indivíduos na sociedade.
Em seu livro Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX, o sociólogo estadunidense Harry Bravermann critica essa visão. Ele afirma que o taylorismo foi somente o coroamento e a síntese de várias ideias, que germinaram durante todo o século XIX na Inglaterra e nos Estados Unidos, cujo objetivo era transferir para as mãos das gerências o controle de todo o processo produtivo. O taylorismo tirava do trabalhador o último resquício de saber sobre a produção: a capacidade de operar uma máquina. Agora ele tinha que operá-la do modo como os administradores definiam. Estava concluída a expropriação em todos os níveis da autonomia dos trabalhadores, que ficavam totalmente dependentes dos gerentes e administradores.
A crítica marxista a Elton Mayo destaca que as formas de regulamentação da força de trabalho por ele propostas seriam indiretas, pela manipulação do operário por intermédio de especialistas em resolver conflitos. Assim, psicólogos e sociólogos, assistentes sociais e administradores procuraram de várias formas cooptar os trabalhadores para que eles não criassem situações de conflito no interior das empresas. A empresa lhes daria segurança e apoio e, portanto, deveriam trabalhar coesos, como se fizessem parte de uma comunidade de interesses. Talvez a expressão “lá na minha empresa”, que ouvimos dc muitos trabalhadores, seja um exemplo de quanto essa perspectiva atingiu os corações e mentes.
Foi com esses procedimentos que o fordismo-taylorismo se desenvolveu e tornou-se a ideologia dominante em todo tipo de empresa, até mesmo nas comerciais e de serviços. E ficou tão forte na sociedade capitalista que suas concepções acabaram chegando às escolas, às famílias, aos clubes, às igrejas e às instituições estatais; enfim, penetraram em todas as organizações sociais que buscam, de uma forma ou de outra, o controle e a eficiência das pessoas.
Essa forma de organizar o trabalho foi marcante até a década de 1970 e ainda prevalece em muitos locais, com múltiplas variações. Entretanto, novas formas de produção e de trabalho foram surgindo desde então.

APÓS A LEITURA DA ATIVIDADE, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) Qual é o nome do criador do Fordismo?
2) As mudanças introduzidas por Ford visavam o quê?
3) Qual é o nome do livro publicado pelo sociólogo estadunidense Harry Bravermann?
4) A concepção do fordismo-taylorismo se tornou uma ideologia dominante em todo tipo de empresa. As suas concepções chegaram também a quais locais na sociedade capitalista?
5) O fordismo-taylorismo foi uma forma de organizar o trabalho marcante até qual década?

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ou responder no formulário do Google.



OBSERVAÇÕES
1-O texto trata da visão do sociólogo Émile Durkheim sobre a Divisão Social do Trabalho e a coesão social.
2-Leia o texto com atenção e responda ao questionário corretamente.
3-Preste atenção nas palavras-chaves: coesão social; divisão social do trabalho; indústria moderna; solidariedade mecânica; solidariedade orgânica; século XIX; trabalho; anomia; conflito.
4-Entreguem a atividade prioritariamente pelo Google Formulários. Quem não puder, envie pelo email ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
5-Estarei atendendo na plataforma, no chat e no whatsapp nos dias e horários: Segunda (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Terça (ATPC); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00); Quinta (07:00 às 11:05); Sexta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00).
6-Podem entrar em contato comigo através do email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br


2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
ÉMILE DURKHEIM E A COESÃO SOCIAL
Émile Durkheim analisa as relações de trabalho na sociedade moderna de forma diferente da de Marx. Em seu livro Da divisão do trabalho social, escrito no final do século XIX, procura demonstrar que a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe uma forma superior de solidariedade, e não de conflito.
Para Durkheim, há duas formas de solidariedade: a mecânica e a orgânica. A solidariedade mecânica é mais comum nas sociedades menos complexas, nas quais cada um sabe fazer quase todas as coisas de que necessita para viver. Nesse caso, o que une as pessoas não é o fato de uma depender do trabalho da outra, mas a aceitação de um conjunto de crenças, tradições e costumes comuns.
Já a solidariedade orgânica é fruto da diversidade entre os indivíduos, e não da identidade das crenças e ações. O que os une é a interdependência das funções sociais, ou seja, a necessidade que uma pessoa tem da outra, em virtude da divisão do trabalho social existente na sociedade. É o que exemplificamos no capítulo anterior descrevendo o trabalho e os trabalhadores envolvidos na produção do pão.
Com base nessa visão, na sociedade moderna, a coesão social seria dada pela divisão crescente do trabalho. E isso é fácil de observar em nosso cotidiano. Tomamos um ônibus que tem motorista e cobrador, compramos alimentos e roupas que são produzidos por outros trabalhadores. Também podemos ir ao posto de saúde, ao dentista, ao médico ou à farmácia quando temos algum problema de saúde e lá encontramos outras tantas pessoas que trabalham para resolver essas questões. Enfim, poderíamos citar uma quantidade enorme de situações que nos fazem dependentes de outras pessoas. Durkheim afirma que a interdependência provocada pela crescente divisão do trabalho cria solidariedade, pois faz a sociedade funcionar e lhe dá coesão.
Segundo esse autor, toda a ebulição no final do século XIX, resultante da relação entre o capital e o trabalho, não passava de uma questão moral. O que fez surgir tantos conflitos foi a falta de instituições e normas integradoras (anomia) que permitissem que a solidariedade dos diversos setores da sociedade, nascida da divisão do trabalho, se expressasse e, assim, pusesse fim aos conflitos. Para Durkheim, se a divisão do trabalho não produz a solidariedade, é porque as relações entre os diversos setores da sociedade não são regulamentadas pelas instituições existentes.

LEIA ATENTAMENTE AO TEXTO E RESPONDA CORRETAMENTE
1) De acordo com Durkheim, a crescente especialização do trabalho promovida pela produção industrial moderna trouxe o quê?
2) Qual é a característica da Solidariedade Mecânica?
3) Qual é a característica da Solidariedade Orgânica?
4) Segundo Durkheim, a relação entre capital e trabalho no século XIX não passava do quê?
5) Para Durkheim, se a Divisão Social do Trabalho não produz solidariedade, isso é decorrente do quê?

APÓS A LEITURA DA ATIVIDADE, RESPONDER AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE CLASSROOM OU NO GOOGLE FORMULÁRIOS. Ou enviar a atividade com a resolução pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 30/08 ATÉ  04/09

OBSERVAÇÕES:
1 – O texto trata da Divisão Social do Trabalho, ou seja, como o trabalho enquanto categoria da Sociologia é abordado através da Teoria científica de Karl Marx.
2 – Leia o texto com atenção e realize a atividade corretamente e com calma.
3 – Palavras-chave: Trabalho; Divisão Social do Trabalho; Mais-Valia; Mais-Valia Absoluta; Mais-Valia Relativa; Acumulação Capitalista; Lucro.
4 – Após a leitura do texto, responda as perguntas no Google Formulários presentes no Class Room. Agradeço a todos os alunos que se dispuserem a respondê-lo.
5 – Identifique com nome e série para o professor poder fazer a correção corretamente.
6 – Estarei de plantão no whatsapp, plataforma do Class Room e no email pedagógico. Número de Whatsapp: 14 98174-8501. Email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
7 – Horário de atendimento aos alunos: segunda (07:00 às 11: 05 e 19:00 às 23:00hs); Quarta (07:00 às 11:05 e 19:00 às 23:00hs); Quinta (07:00 às 11:05 hs); e Sexta (07:00 às 11:05  e 19:00 às 23 horas). Sábado e domingo (repouso semanal do professor).
8 – Atividades realizadas diretamente pelo blog podem ser enviadas para o email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.
9 – Uma boa semana de estudos para todos os alunos e equipe escolar.

2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
KARL MARX E A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
Para Karl Marx, a divisão social do trabalho é realizada no processo de desenvolvimento das sociedades. Ele quer dizer que, conforme buscamos atender a nossas necessidades, estabelecemos relações de trabalho e maneiras de dividir as atividades. Por exemplo: nas sociedades tribais, a divisão era feita com base nos critérios de sexo e idade; quando a agricultura e o pastoreio começaram a ser praticados, as funções se dividiram entre quem plantava, quem cuidava dos animais e quem caçava ou pescava.
Com a formação das cidades, houve uma divisão entre o trabalho rural (agricultura) e o trabalho urbano (comércio e indústria). O desenvolvimento da produção e seus excedentes deram lugar a uma nova divisão entre quem administrava — o diretor ou gerente — e quem executava — o operário. Aí está a semente da divisão em classes, que existe em todas as sociedades modernas.
Para Marx, portanto, a divisão social do trabalho numa sociedade gera a divisão em classes.
Com o surgimento das fábricas, apareceu também o proprietário das máquinas e, consequentemente, quem pagava o salário do operador das máquinas. A mecanização revolucionou o modo de produzir mercadorias, mas também colocou o trabalhador debaixo de suas ordens.
Ele começou a servir à máquina, pois o trabalho passou a ser feito somente com ela. E não era preciso ter muitos conhecimentos; bastava saber operá-la. Sendo um operador de máquinas eficiente, o trabalhador seria bom e produtivo.
Subordinado à máquina e ao proprietário dela, o trabalhador só tem, segundo Marx, sua força de trabalho para vender, mas, se não vendê-la, o empresário também não terá quem opere as máquinas. É o que Marx chama de relação entre dois iguais. Ou seja, uma relação entre proprietários de mercadorias, mediante a compra e a venda da força de trabalho.
Vejamos como isso acontece. Ao assinar o contrato, o trabalhador aceita trabalhar, por exemplo, oito horas diárias, ou quarenta horas semanais, por determinado salário. O capitalista passa, a partir daí, a ter o direito de utilizar essa força de trabalho no interior da fábrica. O que ocorre, na realidade, é que o trabalhador, em quatro ou cinco horas de trabalho diárias, por exemplo, já produz o referente ao valor de seu salário total; as horas restantes são apropriadas pelo capitalista. Isso significa que, diariamente, o empregado trabalha três a quatro horas para o dono da empresa, sem receber pelo que produz. O que se produz nessas horas a mais é o que Marx chama de mais-valia.
As horas trabalhadas e não pagas, acumuladas e reaplicadas no processo produtivo, vão fazer com que o capitalista enriqueça rapidamente. E assim, todos os dias, isso acontece nos mais variados pontos do mundo: uma parcela significativa do valor-trabalho produzido pelos trabalhadores é apropriada pelos capitalistas. Esse processo chama-se acumulação de capital.
No processo de extração de mais-valia, os capitalistas utilizam duas estratégias: aumentam o número de horas trabalhadas contratando mais trabalhadores ou ampliando as horas de trabalho, gerando a mais-valia absoluta; introduzem diversas tecnologias e equipamentos visando aumentar a produção com o mesmo número de trabalhadores (ou até menos), elevando a produtividade do trabalho, mas mantendo o mesmo salário, gerando assim a mais-valia relativa.
LEIA A ATIVIDADE COM ATENÇÃO E RESPONDA CORRETAMENTE
1) Para Karl Marx, a Divisão Social do Trabalho é realizado onde?
2) De acordo com Karl Marx, a Divisão Social do Trabalho gera o quê?
3) Segundo o texto, o que é a relação entre dois iguais?
4) Como é formada a Mais-Valia de acordo com Karl Marx?
5) Quais são as estratégias utilizadas pelos capitalistas para formar a Mais-Valia Absoluta e a Mais-Valia Relativa?


APÓS A REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE, RESPONDA AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS QUE ESTÁ NO GOOGLE CLASSROOM OU ENVIE IMAGEM OU TEXTO LEGÍVEL PARA O EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 17/08 ATÉ  21/08


OBSERVAÇÕES:
1 – Leia o texto com atenção.
2 – Procure saber quem foi Karl Marx.
3 – Lembre da aula anterior sobre a Divisão Social do Trabalho.
4 – Procure pelas palavras-chave: Divisão Social do Trabalho; Trabalho Livre, Trabalho Assalariado; Estranhamento; Alienação; Trabalho Alienado; Mais-Valia; Relações de Produção; Mercadoria; Produção; Produção Capitalista.
5 – Após a leitura, análise, reflexão, compreensão e investigação responda ao formulário do Google Formulários no Classroom. Cada questão valendo 2 pontos.
6 – Identifique-se e coloque o número e a turma que pertence.
7 – Caso opte por enviar imagens, faça-as corretamente e que seja possível o professor fazer a leitura.
8 – Tenho preferência em receber as atividades pelo Google formulários, mas quem não tiver opção, favor envie no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
9 – Estarei de plantão no whatsapp 14 981748501, no Chat do Classroom no horário das 7:00 às 11:05 (2.º, 4.ª, 5.ª e 6.ª feira) e das 19:00 às 23 horas (2.ª, 4.ª e 6.ª feira). Estarei respondendo a dúvidas também no email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br.

2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
RELAÇÕES DE TRABALHO E ALIENAÇÃO
Vamos agora esclarecer outras questões que aparecem no texto apresentado, especificamente, a submissão do trabalho ao capital, as relações de trabalho e o conceito de alienação.
A produção capitalista pressupõe, como já vimos, a existência do trabalho livre, e não a servidão e a escravidão. O trabalhador é livre, isto é, não dispõe dos meios de trabalho e de vida, portanto é livre para vender a única propriedade de que dispõe, a sua força de trabalho. O trabalhador, por conseguinte, submete-se ao domínio do capital, aceitando suas imposições e determinações.
É o capital que assume a função de dirigir, de supervisionar. Esse domínio do capital sobre o processo de trabalho se impõe, na medida em que o objetivo, o motivo que impele e direciona todo o processo de produção capitalista, é a expansão do próprio capital, a maior produção de mais-valia1, e, portanto, a maior exploração possível da força de trabalho.
A dominação do capital sobre o trabalho tem o objetivo de garantir a exploração do processo de trabalho social. Com isso, a dominação tem como condição o antagonismo inevitável entre o capitalista e o trabalhador.
Com o próprio desenvolvimento da produção capitalista, esse controle assume formas peculiares.
O capitalista se desfaz da supervisão direta e contínua e a entrega a um tipo especial de assalariado, que passa a exercer a função exclusiva de supervisão, com os seus oficiais superiores (os diretores, os gerentes) e os suboficiais (contramestres, inspetores, capatazes etc.). Surge então uma hierarquia de comando que tem como objetivo impor a disciplina no interior da empresa. A disciplina tem como resultado, para o capital, o aumento da produtividade, mas da perspectiva do trabalho ela introduz uma série de regras de procedimento, uma hierarquia interna que, além de separar os indivíduos segundo a sua atividade, introduz também o controle político de uns sobre outros. Não se pode, portanto, discutir a questão da disciplina sem relacioná-la com o poder. Ou seja, trata-se de perceber como no interior da empresa é estabelecido um sistema de dominação em que os que detêm os meios de produção, ou o representam, têm o poder.
1 O comprador da força de trabalho ou da capacidade de trabalho não se limita a usá-la somente durante o tempo necessário para repor o valor da força de trabalho, mas, sim, durante um tempo além dele, quando o trabalhador produzirá, então, um valor excedente, ou uma mais-valia, da qual o capitalista se apropria.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

No processo de produção capitalista, temos não só a produção de mercadorias, mas essencialmente a produção de relações sociais. Se há capitalistas e trabalhadores, isso implica não só posições definidas no processo de produção, mas também na sociedade. Diferentemente dos animais, é possível nos seres humanos a separação entre a concepção e a execução do trabalho; ou seja, o trabalho pode resultar da concepção de uma pessoa e a execução de outra. Isso é produto da divisão do trabalho.
Para os trabalhadores, entretanto, a cooperação imposta pela divisão do trabalho não significa a percepção de sua força como grupo. A relação que estabelecem é com o capital, e não entre si. O trabalhador torna-se incapaz de perceber que a riqueza que ele desenvolve é produto de seu trabalho, como também não consegue se reconhecer no produto de seu trabalho. A consequência da divisão do trabalho é a separação, no processo de trabalho, entre concepção e execução do trabalho. A decisão sobre o que produzir e como produzir não é mais responsabilidade do trabalhador, mas, sim, do capital ou seus representantes. Além disso, o produto, a mercadoria, não resulta de seu trabalho individual, e sim do trabalho de todos. Ele realiza apenas uma parte dela e, assim, o produto do trabalho, a mercadoria, aparece ao trabalhador como algo alheio, estranho a ele. A relação do trabalhador com o produto de seu trabalho é, portanto, de alheamento, de estranhamento. O trabalhador, que colocou a sua vida no objeto, agora se defronta com ele, como se a coisa, a mercadoria, tivesse vida própria, independente, e fosse dotada de um poder diante dele. De fato, assim como o trabalho já não lhe pertence, mas a um outro homem (o proprietário dos meios de produção), o produto de seu trabalho igualmente não lhe pertence. Esse processo é o que Marx chama de relação alienada do homem com outro homem, com o produto de seu trabalho
e com o trabalho. Para Marx, então, o trabalho livre, assalariado, é trabalho alienado.

LEIA O TEXTO ATENTAMENTE E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) A produção capitalista pressupõem a existência de qual tipo de trabalho?
2) Qual é a única propriedade que o trabalhador livre tem para vender?
3) O que é a mais-valia?
4) Qual é a conseqüência da divisão do trabalho para o trabalhador?
5) Para Marx, o trabalho livre e assalariado é?

APÓS A LEITURA, ANÁLISE, COMPREENSÃO, REFLEXÃO, INVESTIGAÇÃO, FAVOR RESPONDER AO QUESTIONÁRIO DO GOOGLE FORMULÁRIOS NO CLASSROOM.
QUEM TIVER DIFICULDADE, ME PROCURE NO WHATSAPP.

 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 10/08 ATÉ  17/08
OBSERVAÇÕES:
1 – A aula trata da Divisão Social do Trabalho dentro do tema da Sociologia do Trabalho. Há interdisciplinaridade com as aulas de História e Geografia.
2 – Leia o texto com atenção.
3 – Ao final da leitura, análise e compreensão, responda ao questionário no Google Formulários que estará dentro do Classroom.
4 – Preencha o formulário corretamente e sem pressa.
5 – Vou considerar respostas com base na leitura do texto. Não copiem e colem dos sítios da internet, pois não refletem o trabalho do aluno em realizar a leitura.
6 – PALAVRAS-CHAVE: Divisão Social do Trabalho; Manufatura; Indústria; Trabalho; Especialização; Modernidade; Alienação; Karl Marx.
7 – Estarei em atendimento no whatsapp, email, plataforma do classroom aos alunos nos horários das 07:00 às 11:05 hs. no período da manhã; 19:00 às 23:00 hs. A exceção é terça-feira que estou em ATPC e quinta-feira em que não tenho aulas no noturno. Mas flexibilizo em urgências.
8 – Email para contato: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
9 – Whatsapp: 14 98174-8501.

2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO E DIVISÃO MANUFATUREIRA DO TRABALHO
Tente relembrar o conteúdo aprendido em aulas de História a respeito dos diferentes períodos da história da humanidade: antigo, medieval, moderno e contemporâneo. A história da sociedade moderna corresponde ao período que se inicia em meados do século XV e sua constituição foi marcada pelos processos de urbanização e de industrialização. O trabalho nessa sociedade é, portanto, o trabalho na indústria e o próprio desenvolvimento econômico e social aparece vinculado ao desenvolvimento da indústria. A sociedade moderna resultou de um processo de transformação, da constituição de um novo modo de trabalhar, de relações sociais diferentes, de um novo modo de vida marcado pelo desenvolvimento industrial.
LEIA O SEGUINTE TRECHO DO TEXTO:
O esfacelamento do mundo feudal consistiu em um longo processo, no qual as velhas formas de trabalho artesanal foram sendo substituídas pelo trabalho em domicílio, a partir do campo, produzindo para as indústrias em desenvolvimento nas cidades. O crescimento da população expulsa do campo, incapacitada de produzir tudo aquilo de que necessitava para sobreviver (os seus meios de vida), fez com que a procura por esses bens aumentasse. Assim, durante o século XIV, foram desenvolvidas as indústrias rurais em domicílio, como forma de aumentar a produção. Os comerciantes distribuíam a matéria-prima nas casas dos camponeses e ali era executada uma parte ou a totalidade do trabalho. Essas indústrias representaram uma forma de transição entre o artesanato e a manufatura, e permitiram a acumulação de capital nas mãos desses comerciantes, além de formar mão de obra para o trabalho industrial nas cidades.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
Manufatura é uma palavra que vem do latim e quer dizer trabalho manual. Para o seu desenvolvimento foi necessária a existência de dois fatores:
1) Um empresário com capital para comprar a matéria-prima e ferramentas e concentrar em sua oficina um grande número de trabalhadores. Em vez de distribuir esses meios de produção nas casas dos trabalhadores, o comerciante transformado em industrial os junta sob um mesmo teto, criando assim a manufatura.
2) A existência de trabalhadores livres, ou seja, que não são mais donos dos meios de produção e dependem, para a sua sobrevivência, da venda de seu trabalho, ou seja, sua força de trabalho, transformando-se, assim, em trabalhadores assalariados.
É importante destacar que o processo de transição da indústria rural em domicílio para a manufatura representou, também, a ampliação da divisão social do trabalho.
A divisão do trabalho existiu em todas as sociedades, desde o momento em que o homem começou a trocar coisas e produtos, criando uma interdependência com os outros homens. Assim, o artesão troca o produto de seu trabalho, o tecido, pelo algodão, cultivado pelo agricultor. A divisão do trabalho deriva, portanto, do caráter específico do trabalho humano e ocorre quando os homens, na vida em sociedade, dividem entre si as diferentes especialidades e ofícios. A divisão do trabalho em ofícios ou especialidades existiu em todas as sociedades conhecidas e deve muito à divisão sexual do trabalho. Ou seja, no início, havia uma divisão entre especialidades ou ofícios que eram preferencialmente atribuídos às mulheres e outros que eram executados por homens. Exemplos: a fiação e a tecelagem eram vistas como atividades femininas, enquanto a caça, a pesca e a pecuária eram atividades masculinas.
LEIA O SEGUINTE TRECHO:
A manufatura se estendeu de meados do século XVI ao último terço do século XVIII, sendo substituída pela grande indústria. Na manufatura foram introduzidas algumas inovações técnicas que modificaram a forma como o trabalho era organizado. Aos poucos o trabalhador foi deixando de ser responsável pela produção integral de determinado objeto e passou a se dedicar unicamente a uma atividade. Houve um aceleramento da divisão do trabalho, fazendo com que um produto deixasse de ser obra de um único trabalhador e se tornasse o resultado da atividade de inúmeros trabalhadores. Dessa maneira, o produto passava por vários trabalhadores, cada um acrescentando alguma coisa a ele e, no final do processo, o produto era o resultado não de um trabalhador individual, mas de um trabalhador coletivo. Essa é a divisão do trabalho que persiste na sociedade capitalista, e que se caracteriza pela especialização das funções, ou seja, pela especialização do trabalhador na execução de uma mesma e única tarefa, especializando-se e especializando o seu corpo nessa operação.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

É importante enfatizar que, pela divisão manufatureira do trabalho, o homem é levado a desenvolver apenas uma habilidade parcial, limitando o conjunto de habilidades e capacidades produtivas que possuía quando era artesão. É isso que torna o trabalhador dependente e o faz vender a sua força de trabalho; e esta só serve quando comprada pelo capital e posta a funcionar no interior da oficina. Segundo Karl Marx, essa divisão do trabalho tinha como objetivo o aumento da produtividade e o aperfeiçoamento do método de trabalho, e teve como resultado o que ele chama de “a virtuosidade do trabalhador mutilado”[1], com a especialização dos ofícios. Na manufatura, portanto, a produtividade do trabalho dependia da habilidade (virtuosidade) do trabalhador e da perfeição de suas ferramentas, e já havia o uso esporádico de máquinas. Será apenas na grande indústria que a máquina desempenhará um papel fundamental, primeiro com base na mecânica, depois na eletrônica e, atualmente, na microeletrônica.
Uma das características mais distintivas do sistema econômico das sociedades modernas é a existência de uma divisão do trabalho extremamente complexa: o trabalho passou a ser dividido em um número enorme de ocupações diferentes nas quais as pessoas se especializam. Nas sociedades tradicionais, o trabalho que não fosse agrário implicava o domínio de um ofício. As habilidades do ofício eram adquiridas em um período prolongado de aprendizagem, e o trabalhador normalmente realizava todos os aspectos do processo de produção, do início ao fim. Por exemplo, quem trabalhasse com metal e tivesse que fazer um arado iria forjar o ferro, dar-lhe a forma e montar o próprio implemento. Com o progresso da produção industrial moderna, a maioria dos ofícios tradicionais desapareceu completamente, sendo substituída por habilidades que fazem parte de processos de produção de maior escala. Um eletricista que hoje trabalhe em um ambiente industrial, por exemplo, pode examinar e consertar alguns componentes de um tipo de máquina; diferentes pessoas lidarão com os demais componentes e com outras máquinas. A sociedade moderna testemunhou uma mudança na localização do trabalho. Antes da industrialização, a maior parte do trabalho ocorria em casa, sendo concluído coletivamente por todos os membros da família. Os avanços na tecnologia industrial, como o uso do carvão, contribuíram para a separação entre trabalho e casa. As fábricas de propriedade dos empresários tornaram-se foco de desenvolvimento industrial: maquinários e equipamentos concentraram-se dentro destas, e a produção em massa de mercadorias começou a ofuscar a habilidade artesanal em pequena escala, que tinha a casa como base. As pessoas que procurassem emprego em fábricas eram treinadas para se especializarem em uma tarefa, recebendo um ordenado por esse trabalho. O desempenho era supervisionado pelos gerentes, os quais se preocupavam em implementar técnicas para ampliar a produtividade e a disciplina dos trabalhadores.
O contraste que existe na divisão do trabalho entre as sociedades tradicionais e as modernas é verdadeiramente extraordinário. Mesmo nas maiores sociedades tradicionais, geralmente não havia mais do que 20 ou 30 ofícios, contando funções especializadas como as de mercador, soldado e padre. Em um sistema industrial moderno, existem literalmente milhares de ocupações distintas. O censo do RU [Reino Unido] lista cerca de 20 mil empregos diferentes na economia britânica. Nas comunidades tradicionais, a maior parte das pessoas trabalhava na agricultura, sendo economicamente autossuficiente. Produziam seus próprios alimentos, suas roupas, além de outros artigos que necessitassem. Um dos aspectos principais das sociedades modernas, em contraste, é uma enorme expansão da interdependência econômica. Para termos acesso aos produtos e aos serviços que nos mantêm vivos, todos nós dependemos de um número imenso de trabalhadores – que, hoje em dia, estão bem espalhados pelo mundo. Com raras exceções, a vasta maioria dos indivíduos nas sociedades modernas não produz o alimento que come, a casa onde mora ou os bens materiais que consome.
Os primeiros sociólogos escreveram extensivamente a respeito das consequências potenciais da divisão do trabalho – tanto para os trabalhadores em termos individuais, quanto para toda a sociedade. Para Marx, a mudança para a industrialização e a mão de obra assalariada certamente resultaria numa alienação entre os trabalhadores. Uma vez que estivessem empregados numa fábrica, os trabalhadores perderiam todo o controle do seu trabalho, sendo obrigados a desempenhar tarefas monótonas, de rotina, que despojariam seu trabalho do valor criativo intrínseco. Em um sistema capitalista, os trabalhadores acabam adotando uma orientação instrumental para o trabalho, afirmava ele, vendo-o como nada mais do que uma maneira de ganhar a vida.
GIDDENS, Anthony. Sociologia, 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 309.

ATIVIDADE
LEIA O TEXTO COM ATENÇÃO E RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) De acordo com o texto, no que consistiu o esfacelamento do mundo feudal?
2) Qual é o significado da palavra manufatura?
3) Dê exemplos de atividades consideradas masculinas e que atualmente são exercidas também por mulheres.
4) Segundo o texto, na manufatura, a produtividade do trabalho dependia do quê?
5) De acordo com o texto, qual é uma das características mais distintivas do sistema econômico das sociedades modernas?

APÓS A CONCLUSÃO DA LEITURA, FAVOR RESPONDER AO QUESTIONÁRIO NO GOOGLE FORMULÁRIOS DO GOOGLE CLASSROOM OU NO EMAIL ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br. (FOTO LEGÍVEL, COM NOME E SÉRIE DX ALUNX).







[1] Marx utiliza o termo "mutilado" para enfatizar a limitação das habilidades do trabalhador, reduzido ao exercício de uma única e repetitiva atividade.ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 03/08 ATÉ  07/08
ORIENTAÇÕES:
1- Leia ao texto e aos trechos selecionados com atenção.
2-A aula procura discutir o conceito sociológico de trabalho desde a Antiguidade até os dias atuais, estabelecendo diferenças entre o próprio trabalho e o emprego.
3-Perceba as palavras-chaves no texto da aula.
4-Verifique os exemplos dados.
5-Se possível, tome notas do texto, pois são utilizados conceitos aplicados na leitura do cotidiano do trabalho.
6-Procure compreender o conceito de trabalho: o trabalho é uma atividade humana em que o próprio ser humano adquire consciência e razão à partir do momento em que ele transforma a natureza em coisas, objetos, mercadorias como um carro, guarda-roupa, estante, etc.
7-Ao final procure responder no final ao questionário disponibilizado. No classroom por meio do Google Formulários a atividade fica mais prática e fácil para vocês que não precisam tirar fotos, digitalizar ou enviar os arquivos. Procurem fazer por lá.
8-Estarei de plantão todos os dias, exceto na terça-feira, no horário das 7:00 às 11:05 e no período noturno das 19:00 às 23 horas no whatsapp 98174-8501 ou pelo email: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
9-Para acessar ao classroom informe o email institucional composto de: número do RA+Digito+SP@al.educacao.sp.gov.br


2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
O TRABALHO COMO MEDIAÇÃO
Leia com atenção ao trecho sobre as origens do trabalho:
“O trabalho na Antiguidade estava associado a esforço físico, cansaço e penalização. A origem da palavra, no latim vulgar, associa trabalho/tripalium a um instrumento de tortura feito de três varas cruzadas ao qual os réus eram presos. O trabalho representava uma atividade indigna, reservada aos escravos. Aos que viviam livremente, a subsistência vinha da coleta de frutos, da caça e outras atividades; o tempo do trabalho era o da natureza – dia ou noite, com sol ou chuva. [...] Na era moderna, o trabalho teve o seu significado transformado, passou de atividade desprezada à condição de expressão da própria humanidade, fonte de produtividade e riqueza. Com as mudanças sociais, econômicas, políticas e culturais, no século XX, a ideia do trabalho firmou-se como uma atividade valorizada”. ARAÚJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM, Benilde Lenzi. Sociologia: um olhar crítico. São Paulo: Contexto, 2011. p. 51-52.
O QUE É TRABALHO?
A ideia na civilização ocidental de que o trabalho é algo que traz sofrimento é reforçada por outras ideias influenciadas pelas tradições greco-romana e judaico-cristã.
Para os gregos, de uma forma geral, o trabalho era visto como algo que embrutecia os espíritos, tornava o homem incapaz da prática da virtude e era um mal que a elite deveria evitar. Por isso, era executado por escravos, deixando aos cidadãos as atividades mais nobres, como, por exemplo, a política. No cristianismo, o episódio bíblico da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, como consequência do pecado original, condenando-os ao trabalho, a ganhar o “pão com o suor do rosto”, ampliou a conotação negativa do trabalho. Assim, ele apresenta, em nossa sociedade, também os sentidos de fadiga, luta, dificuldade e punição.
Além desses sentidos, o que é trabalho? Com o objetivo de mostrar a outra concepção, leia o trecho a seguir:
Trabalho consiste na “aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim”. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Curitiba: Positivo, 2004. CD-ROM.

Preste a atenção ao adjetivo “humanas”, citado na definição apresentada. O uso dele enfatiza que o trabalho é uma atividade humana, ou seja, só os seres humanos trabalham. Pergunte-lhes: Vocês conhecem outros seres vivos que também empregam suas forças e faculdades para conseguir um objetivo?
Provavelmente vocês alunos se lembrarão das formigas, abelhas e aranhas. Alguns poderão afirmar que esses animais também trabalham: tecem a teia, constroem a colmeia e os formigueiros. Aceite, inicialmente, essa explicação. Lembram da fábula “A cigarra e a formiga”. Existem várias versões dessa fábula, mas a sinopse pode ser uma só: a história da cigarra que só queria cantar e se divertir e da formiga que só trabalhava. Um dia, elas se encontraram e a cigarra questionou o porquê de a formiga trabalhar. Esta respondeu que precisava trabalhar agora para ter alimento no inverno. Como era verão, a cigarra riu da formiga e replicou que o inverno estava muito longe para ela se preocupar. Passados alguns meses, chegou o inverno e a cigarra quase morreu de frio e fome. Quando estava com pouca força, bateu à porta da formiga e pediu ajuda. Esta a ajudou, mas lembrou-lhe da importância de trabalhar e poupar.
Normalmente, os animais apresentados são vistos, pelo senso comum, como animais trabalhadores. Mas, na perspectiva sociológica, os animais não trabalham, só o homem trabalha. O trabalho é visto como uma atividade que ajuda o homem a construir sua condição como ser humano.
LEIA O TRECHO A SEGUIR:
“O conceito é ambíguo e disputado, indicando diferentes atividades em diferentes sociedades e contextos históricos. Em seu sentido mais amplo, trabalho é o esforço humano dotado de um propósito e envolve a transformação da natureza através do dispêndio de capacidades mentais e físicas. Tal interpretação, contudo, conflita com o significado e a experiência mais limitados do trabalho nas atuais sociedades capitalistas. Para milhões de pessoas trabalho é sinônimo de emprego remunerado, e muitas atividades que se qualificariam como trabalho na definição mais ampla são descritas e vivenciadas como ocupações em horas de lazer, como algo que não significa verdadeiramente trabalho.” OUTHWAITE, William; BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. p. 773.

Quais são essas “diferenças essenciais”? Recorra ao sociólogo Karl Marx para responder a essa indagação.
Karl Marx nasceu na Alemanha, em 1818. Considerado um dos maiores filósofos alemães, realizou estudos importantes também para a Economia e a Sociologia. Tendo como base a dialética1, desenvolveu o método que permite a “Uma aranha executa operações que se assemelham às de um tecelão, e a abelha, na construção de suas colmeias, deixa envergonhado mais de um arquiteto. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é isso: o arquiteto projeta sua obra antes de construí-la na realidade. No final de todo processo de trabalho, temos um resultado que já existia na imaginação do trabalhador desde o seu começo”. MARX, Karl. Capital – A Critique of Political Economy. explicação da história das sociedades humanas a partir das relações sociais de produção. Radical tanto na teoria como na militância, participou ativamente de diversas organizações operárias clandestinas, tendo sido expulso de alguns países. Exilado na Inglaterra, passou por muitas dificuldades econômicas, sendo socorrido por amigos, como Friedrich Engels. Morreu em Londres em 1883.
1 Dialética é o método de explicação da realidade que tem por base o princípio lógico da contradição, ou seja, a contraposição de ideias ou situações leva a uma nova ideia ou situação

LEIA A SEGUIR ESTE TRECHO:
“Uma aranha executa operações que se assemelham às de um tecelão, e a abelha, na construção de suas colmeias, deixa envergonhado mais de um arquiteto. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é isso: o arquiteto projeta sua obra antes de construí-la na realidade. No final de todo processo de trabalho, temos um resultado que já existia na imaginação do trabalhador desde o seu começo”.
MARX, Karl. Capital – A Critique of Political Economy. The labour-process and the process of producing surplus-value. vol. 1, Part III, Section 1, cap. VII. Tradução Heloísa Helena Teixeira de Souza Martins. Disponível em: . Acesso em: 21 mar. 2013.

O trabalho humano, portanto, distingue-se do trabalho animal, pois o homem planeja antes de executar uma atividade. Ele concebe o trabalho antes de executá-lo. Já os animais não possuem essa capacidade. Eles “trabalham” de forma instintiva. Na verdade, é equivocado usar o termo trabalho para se referir às atividades realizadas pelos outros animais. Os animais executam tarefas guiados pelo instinto: a abelha faz o mel e a colmeia instintivamente, por isso todas as colmeias de uma mesma espécie de abelha seguem a mesma configuração; a formiga também constrói instintivamente os formigueiros, e por isso eles seguem a mesma estrutura, e o mesmo processo ocorre com o joão-de-barro e sua casa. Os animais só mudam sua maneira de agir quando ocorre alguma alteração no meio, o que os leva a se adaptar, mas eles não mudam suas atitudes intencionalmente. Só o homem tem essa capacidade, os outros animais, não. Com o objetivo de obter os meios que garantam a sua sobrevivência, o homem age sobre a natureza, transformando-a. Ele se apropria dos materiais existentes na natureza e cria objetos, inventa coisas e se relaciona com outros homens por intermédio do trabalho. Desse modo, o trabalho é uma atividade de mediação entre o homem e a natureza.
O homem emerge gradualmente, desenvolve-se e se torna um ser humano no exercício de sua atividade, de seu trabalho, da sua produção social. Nesse sentido, pode-se dizer que, ao trabalhar, o homem “humaniza” a natureza e se constrói como ser humano, ou seja, o trabalho humaniza o homem, pois ele age de forma deliberada e consciente sobre a natureza. É por isso que o trabalho é visto como uma atividade que ajuda o homem a construir sua condição como ser humano.
O que vocês entendem por emprego? Vocês sabem que trabalho não é sinônimo de emprego? O que vocês acham que distingue trabalho de emprego?
O trabalho sempre existiu, sob diferentes formas, ao longo da história da humanidade. Entretanto, emprego é uma relação social de trabalho muito recente, que surge a partir do momento em que o homem deixa de ser escravo ou servo e se transforma em um homem livre. Livre para vender o seu trabalho e estabelecer um contrato com o comprador, em troca de um salário que lhe permita adquirir os meios de vida necessários à sua sobrevivência. Emprego pressupõe trabalho assalariado, sendo, portanto, característico da sociedade capitalista.
LEIA O ÚLTIMO TRECHO:
O trabalho livre sucedeu historicamente a outras formas de trabalho, como a escravidão e a servidão. Na Grécia Antiga, o trabalho era uma atividade exercida pelos escravos. Na Idade Média, as pessoas trabalhavam nos campos, ligadas a um senhor feudal, ou moravam nos burgos e eram artesãos. Em todos esses momentos da história, as pessoas executavam algum trabalho, mas não tinham emprego. O emprego só se dissemina com o capitalismo. Nele o trabalhador vende a sua força de trabalho (física ou mental) em troca de um salário. Ao conseguir o emprego, o trabalhador assina um contrato de trabalho que especifica suas funções. Ao contrário do que ocorria na Antiguidade, em que os escravos eram uma propriedade, e na Idade Média, em que os trabalhadores eram servos presos à terra do senhor feudal, no capitalismo os trabalhadores são livres para procurar outras condições de trabalho em um novo emprego. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

RESPONDA AO QUESTIONÁRIO COM ATENÇÃO:
1) Qual é a origem da palavra “trabalho”?
2) Quais foram os diferentes significados dados a palavra “trabalho” ao longo da história?
3) Porque o trabalho é uma atividade humana?
4) Qual foi o importante se sociólogo que se dedicou a estudar o trabalho?
5) Qual é a diferença entre emprego e trabalho?

APÓS A REALIZAÇÃO DA LEITURA, RESPONDA NO GOOGLE FORMULÁRIOS NO CLASSROOM OU ENVIE O ARQUIVO CONCLUÍDO PELO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br







                                    
 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/07 ATÉ  31/07
AULA DE SOCIOLOGIA
1 – OBSERVE O TÍTULO E LEIA ATENTAMENTE O TEXTO.
2 – PERCEBA QUAL É O OBJETIVO DO TEXTO. O QUE O TEXTO PROBLEMATIZA?
3 – PROCURE PELAS PALAVRAS-CHAVE. QUE GENÊRO MUSICAL E ESTÉTICO É TRATADO NO TEXTO?
4 – REALIZE UMA REFLEXÃO E RESPONDA AS QUESTÕES COM ATENÇÃO.
5 – AO FINALIZAR A ATIVIDADE, ENVIE PARA O PROFESSOR.
6 – ENTREGEM AS ATIVIDADES ATÉ QUINTA-FEIRA DIA 30/07/2020.
7 – REFAÇAM E REAVALIEM AS ATIVIDADES EM QUE AINDA TEM DÚVIDAS.

TUDO NOSSO, NADA NOSSO
Não existe educação que funcione. Por isso o “rolezinho” não é em bibliotecas. Só não vale depositar a culpa no som que é feito na favela
Por Ferréz 
Foi duro para ela ouvir aquilo.
– Você está com eles? Então Fora!
O policial gritava e empurrava.
Camila comprou o sapato na Santa Lolla em quatro parcelas. A blusinha foi na C&A, em três parcelas. A calça foi em mais parcelas, mas uma calça da Coca-Cola vale se apertar um pouquinho por mês.
Renato ficou puto: como pode aquele policial ter chutado sua perna se a alguns dias o vendedor da Brooksfield o tratou tão bem naquele shopping?
Brooksfield, marca que o cantor oriundo das periferias Belo usou durante anos, fazendo assim muitos jovens a desejarem pelas periferias.
Quando Renato foi entrar na loja, o gerente daquele horário olhou para o vendedor mais jovem e deu um sinal: era para atender o “mano”, forma como os periféricos são apelidados pelos funcionários. Diferente dos doutores e jovens ricos que frequentam a loja e quase sempre passam horas e compram somente uma peça, os “manos”, entram timidamente, são inseguros, vão direto para as camisas pólos e muitas vezes compram duas ou três peças.
Apenas dez minutos depois de entrar, Renato já está no caixa pagando duas camisas e uma bermuda. A menina do caixa parece legal quando ele diz que o pagamento é a vista e em dinheiro. Renato é acompanhado para fora da loja com o sorriso do vendedor que lhe entrega um cartão, o mesmo vendedor que também mora na periferia da Zona Leste.
Renato, que mora na Vila Calú, anda pela praça de alimentação e vai escolher onde comer seu lanche.
Dias depois Renato foi avisado de um “rolezinho” pela internet. A mensagem veio pelo Facebook.
Um “rolezinho” foi como os jovens apelidaram uma forma de encontro em alguns lugares, coisa já feita há muitos anos por todas as classes (ou você nunca viu ou participou de um encontro na frente da faculdade?)
A diferença é que, se os universitários não puderem se encontrar na frente da faculdade, fariam no bar; na periferia, ficar no bar é pagar para vacilar, e virar número que engorda as matérias sobre chacinas.
O país há muitos anos é vendido como rico. “Estamos em acessão”. “Tudo está melhorando”. “Todos fazem parte dessa evolução”.
Balela, mentira. A elite não está preparada para dividir seus espaços, seus feudos, sua exclusividade, mas uma coisa é certa: ela vai ter que aprender.
“Por que eles não ficam no lugar deles?”
Porque o lugar deles é ruim. Ninguém quer ficar mais desfilando de Mizuno de 1.000 reais em frente ao córrego, quem gosta de córrego é rato.
A periferia há muitos anos está defasada de algo que atraia o jovem. Não temos meio nenhum de entretenimento para alguém que hoje completa 14 anos.
A biblioteca mais próxima é um CEU da prefeitura (tem 3.000 títulos para mais de um milhão de habitantes).
A piscina pública é também no CEU (tem que cadastrar e esperar sua vaga para nadar no horário determinado pela instituição).
Um exemplo é um parquinho que fizeram aqui no Engenho Velho na Zona Sul onde moro.
A prefeitura executou a obra ha duas semanas, com três gangorras feitas de pneus e correntes, dois gira-gira, e um escorregador. O parquinho nunca ficou vazio: crianças disputam espaço com jovens que às vezes ficam sentados horas ali, como é comum ficarem ociosos em calçadas por todas as periferias.
Jovem é jovem, não importa a classe. Quer usar roupa que o valorize, quer sair para um lugar melhor, está tão cheio de dúvida que quando olha para o espelho ainda não sabe o que é, nem o que vai ser.
No estacionamento, Carlos, advogado e classe média, escuta na rádio: “Com tanta riqueza por ai, cade sua fração, até quando esperar?”
Ao seu lado, Renato, estudante e balconista, tido como classe baixa, escuta no rádio: “Nota de cem, nota de cem, joga os plaquê de cem”.
Em alguns minutos Carlos vai entrar no shopping tranquilamente com sua camisa Hering e sua bermuda comprada num brechó de uma amiga, enquanto Renato, com sua camisa da Ambercromb e Fith, sua calça da Fórum, seu tênis Nike SB, seu óculos Oakley, e seu relógio Invicta, vai ser barrado na porta por ser periférico.
Da ponte pra cá a vida nunca foi mamão, e de uns anos vem sendo notório que tudo está mudando, todos estão tendo acesso (nem que seja em parcelas) e querem também o que o “outro lado” tem a oferecer.
Anos de exclusão, cozinhando e chegando em casa sem alimento, cuidando do transporte e não tendo como voltar para seu barraco, ensinando uma elite que lhe dá o desprezo em contra partida. Ninguém nasceu para ser coadjuvante de ninguém, a nova geração é mais desassistida, com escolas piores, sem exemplos de vida contundentes, sem expectativa para de fato construir uma família, afinal muitos vem de uma desconstrução.
Muito barulho, porque é no quintal da elite. Enquanto era no nosso tudo tranqüilo.
Proíbe som alto, baile funk, passeio deles no shopping, proíbe, proíbe, proíbe. Sai mais barato criar leis do que dar conhecimento.
O conhecimento é a chave, para discernir o que é melhor, desde o consumo pregado há tantos anos pelas mais competentes agências de propaganda (se esses jovens estão loucos por essas marcas, o trabalho deu certo parabéns).
Não existe educação que funcione hoje neste país, por isso o “rolezinho” não é em bibliotecas.
Só não vale depois depositar toda a culpa no som que é feito no barraquinho da favela. A maldição é o funk falando de suas roupas e carros?
O menino do morro no palco é só a repetição de campanhas de marketing agressivas, que o fizeram ter vergonha de ser o que é, e querer se blindar de garantias de aceitação.
Mas roupa não esconde pele, olhar, postura, serão esses os quesitos para barrar nas entradas dos impérios elitistas?
A frase mais incompleta do país.
Um país de todos.
Vamos completar.
Desde que cada um fique no seu quadrado.
O caminho para a evolução nos nossos tempos não é ouvir funk carioca no pancadão, mas também não é fazer pilates trancado no seu presídio de luxo.
Tanto discurso de inclusão durante os almoços, um país para todos, globalização.
Mas na vida real balbucia a todo momento.
– Mas esse povinho demora quando entra no avião.
O acesso ao conhecimento tem de ser para todos.
– A feira literária de Parati hoje é cheia, antigamente era tão bom.
Tempos novos, novos acessos, muito ainda virá. Aposte no caos se não houver inclusão.
ATIVIDADE
LEIA ATENTAMENTE A QUESTÃO E RESPONDA COM CALMA
1) Na sua visão, o que leva o jovem da periferia de freqüentar espaços da classe média alta e da elite?
2) Como o adolescente, o jovem da periferia e suburbano procura se inserir socialmente?
3) De acordo com o texto, qual é a característica do “rolenzinho”?
4) Qual é a diferença de tratamento dispensado em um espaço elitista como o shopping a um jovem periférico em comparação com um jovem das camadas sociais mais elevadas?

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.



 ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 20/07 ATÉ  24/07
2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
1 – OBSERVE O TÍTULO E LEIA ATENTAMENTE O TEXTO.
2 – PERCEBA QUAL É O OBJETIVO DO TEXTO. O QUE O TEXTO PROBLEMATIZA?
3 – PROCURE PELAS PALAVRAS-CHAVE. QUE GENÊRO MUSICAL E ESTÉTICO É TRATADO NO TEXTO?
4 – REALIZE UMA REFLEXÃO E RESPONDA AS QUESTÕES COM ATENÇÃO.
5 – AO FINALIZAR A ATIVIDADE, ENVIE PARA O PROFESSOR.

TUDO NOSSO, NADA NOSSO
Não existe educação que funcione. Por isso o “rolezinho” não é em bibliotecas. Só não vale depositar a culpa no som que é feito na favela
Por Ferréz 
Foi duro para ela ouvir aquilo.
– Você está com eles? Então Fora!
O policial gritava e empurrava.
Camila comprou o sapato na Santa Lolla em quatro parcelas. A blusinha foi na C&A, em três parcelas. A calça foi em mais parcelas, mas uma calça da Coca-Cola vale se apertar um pouquinho por mês.
Renato ficou puto: como pode aquele policial ter chutado sua perna se a alguns dias o vendedor da Brooksfield o tratou tão bem naquele shopping?
Brooksfield, marca que o cantor oriundo das periferias Belo usou durante anos, fazendo assim muitos jovens a desejarem pelas periferias.
Quando Renato foi entrar na loja, o gerente daquele horário olhou para o vendedor mais jovem e deu um sinal: era para atender o “mano”, forma como os periféricos são apelidados pelos funcionários. Diferente dos doutores e jovens ricos que frequentam a loja e quase sempre passam horas e compram somente uma peça, os “manos”, entram timidamente, são inseguros, vão direto para as camisas pólos e muitas vezes compram duas ou três peças.
Apenas dez minutos depois de entrar, Renato já está no caixa pagando duas camisas e uma bermuda. A menina do caixa parece legal quando ele diz que o pagamento é a vista e em dinheiro. Renato é acompanhado para fora da loja com o sorriso do vendedor que lhe entrega um cartão, o mesmo vendedor que também mora na periferia da Zona Leste.
Renato, que mora na Vila Calú, anda pela praça de alimentação e vai escolher onde comer seu lanche.
Dias depois Renato foi avisado de um “rolezinho” pela internet. A mensagem veio pelo Facebook.
Um “rolezinho” foi como os jovens apelidaram uma forma de encontro em alguns lugares, coisa já feita há muitos anos por todas as classes (ou você nunca viu ou participou de um encontro na frente da faculdade?)
A diferença é que, se os universitários não puderem se encontrar na frente da faculdade, fariam no bar; na periferia, ficar no bar é pagar para vacilar, e virar número que engorda as matérias sobre chacinas.
O país há muitos anos é vendido como rico. “Estamos em acessão”. “Tudo está melhorando”. “Todos fazem parte dessa evolução”.
Balela, mentira. A elite não está preparada para dividir seus espaços, seus feudos, sua exclusividade, mas uma coisa é certa: ela vai ter que aprender.
“Por que eles não ficam no lugar deles?”
Porque o lugar deles é ruim. Ninguém quer ficar mais desfilando de Mizuno de 1.000 reais em frente ao córrego, quem gosta de córrego é rato.
A periferia há muitos anos está defasada de algo que atraia o jovem. Não temos meio nenhum de entretenimento para alguém que hoje completa 14 anos.
A biblioteca mais próxima é um CEU da prefeitura (tem 3.000 títulos para mais de um milhão de habitantes).
A piscina pública é também no CEU (tem que cadastrar e esperar sua vaga para nadar no horário determinado pela instituição).
Um exemplo é um parquinho que fizeram aqui no Engenho Velho na Zona Sul onde moro.
A prefeitura executou a obra ha duas semanas, com três gangorras feitas de pneus e correntes, dois gira-gira, e um escorregador. O parquinho nunca ficou vazio: crianças disputam espaço com jovens que às vezes ficam sentados horas ali, como é comum ficarem ociosos em calçadas por todas as periferias.
Jovem é jovem, não importa a classe. Quer usar roupa que o valorize, quer sair para um lugar melhor, está tão cheio de dúvida que quando olha para o espelho ainda não sabe o que é, nem o que vai ser.
No estacionamento, Carlos, advogado e classe média, escuta na rádio: “Com tanta riqueza por ai, cade sua fração, até quando esperar?”
Ao seu lado, Renato, estudante e balconista, tido como classe baixa, escuta no rádio: “Nota de cem, nota de cem, joga os plaquê de cem”.
Em alguns minutos Carlos vai entrar no shopping tranquilamente com sua camisa Hering e sua bermuda comprada num brechó de uma amiga, enquanto Renato, com sua camisa da Ambercromb e Fith, sua calça da Fórum, seu tênis Nike SB, seu óculos Oakley, e seu relógio Invicta, vai ser barrado na porta por ser periférico.
Da ponte pra cá a vida nunca foi mamão, e de uns anos vem sendo notório que tudo está mudando, todos estão tendo acesso (nem que seja em parcelas) e querem também o que o “outro lado” tem a oferecer.
Anos de exclusão, cozinhando e chegando em casa sem alimento, cuidando do transporte e não tendo como voltar para seu barraco, ensinando uma elite que lhe dá o desprezo em contra partida. Ninguém nasceu para ser coadjuvante de ninguém, a nova geração é mais desassistida, com escolas piores, sem exemplos de vida contundentes, sem expectativa para de fato construir uma família, afinal muitos vem de uma desconstrução.
Muito barulho, porque é no quintal da elite. Enquanto era no nosso tudo tranqüilo.
Proíbe som alto, baile funk, passeio deles no shopping, proíbe, proíbe, proíbe. Sai mais barato criar leis do que dar conhecimento.
O conhecimento é a chave, para discernir o que é melhor, desde o consumo pregado há tantos anos pelas mais competentes agências de propaganda (se esses jovens estão loucos por essas marcas, o trabalho deu certo parabéns).
Não existe educação que funcione hoje neste país, por isso o “rolezinho” não é em bibliotecas.
Só não vale depois depositar toda a culpa no som que é feito no barraquinho da favela. A maldição é o funk falando de suas roupas e carros?
O menino do morro no palco é só a repetição de campanhas de marketing agressivas, que o fizeram ter vergonha de ser o que é, e querer se blindar de garantias de aceitação.
Mas roupa não esconde pele, olhar, postura, serão esses os quesitos para barrar nas entradas dos impérios elitistas?
A frase mais incompleta do país.
Um país de todos.
Vamos completar.
Desde que cada um fique no seu quadrado.
O caminho para a evolução nos nossos tempos não é ouvir funk carioca no pancadão, mas também não é fazer pilates trancado no seu presídio de luxo.
Tanto discurso de inclusão durante os almoços, um país para todos, globalização.
Mas na vida real balbucia a todo momento.
– Mas esse povinho demora quando entra no avião.
O acesso ao conhecimento tem de ser para todos.
– A feira literária de Parati hoje é cheia, antigamente era tão bom.
Tempos novos, novos acessos, muito ainda virá. Aposte no caos se não houver inclusão.
ATIVIDADE
LEIA ATENTAMENTE A QUESTÃO E RESPONDA COM CALMA
1) Na sua visão, o que leva o jovem da periferia de freqüentar espaços da classe média alta e da elite?
2) Como o adolescente, o jovem da periferia e suburbano procura se inserir socialmente?
3) De acordo com o texto, qual é a característica do “rolenzinho”?
4) Qual é a diferença de tratamento dispensado em um espaço elitista como o shopping a um jovem periférico em comparação com um jovem das camadas sociais mais elevadas?

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR NO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br ; whatsapp: (14) 981748501; e através do Classroom.
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 13/07 ATÉ 17/07
2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
GRUPOS E MOVIMENTOS DE JOVENS
LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO
Hip-hop: cultura inventada por jovens afro-americanos a partir de influência afro-jamaicana, hoje difundida no mundo todo. Os vértices da cultura hip-hop são o break (dança), o grafite (pintura) ou a prática de DJ (música). E seus elementos constitutivos, o DJ (instrumentista), o MC (mestre de cerimônia ou rap-rapper), o B-boy (dançarino de rua) e o grafiteiro (interessado na expressão gráfica da cultura urbana). Essa associação ocorreu por causa do interesse dos jovens pela música mais falada que cantada (rappers e também cantores de R&B - rhythm and blues), pela discotecagem e produção de música a partir de fragmentos ou samples (DJs), por estilos de street dance (B-boys), pela organização e produção de eventos (MCs) e pela expressão gráfica com um sentido estético diferenciado (grafite). Criado como manifestação de um estilo de vida que confronta certos valores tradicionais, o hip-hop também abrange a reflexão e a discussão sobre questões raciais, sociais e políticas.
Gótico: o termo surgiu no final dos anos 1970, na Inglaterra, para definir um estilo musical. Posteriormente, já na metade dos anos 1980, era associado à música pós-punk. Chegou ao Brasil em 1985, ainda chamado de “dark”, do qual se distinguiu no início dos anos 1990. “A identidade gótica se constitui em torno de um núcleo: a morte. A morte permeia toda a produção artística do grupo; é a razão do horror, do sobrenatural e do obscuro. A marca da morte está nos rostos pintados de branco com olhos e bocas ressaltados, na cor preta das roupas, nos símbolos religiosos utilizados como acessórios, e é a inscrição do grupo no corpo do indivíduo, e o símbolo que o identifica diante de outros grupos. [...] Símbolos religiosos e esotéricos (como a cruz cristã, o ankh egípcio e o pentagrama) formam outro conjunto importante de elementos constituintes da identidade do grupo gótico. Esses símbolos são usados como adornos – colares, brincos, tatuagens etc. – e permeiam a produção artística dos
góticos. [...] Outras características marcantes do grupo gótico são sua relação com a arte e com a sexualidade e sua postura não agressiva. [...] O grupo se orgulha de ser pacífico e de não brigar com outros grupos.”
BOURDOUKAN, Adla. Carpe Noctem – góticos na internet. In: MAGNANI, J. C.; SOUZA, B. M. de (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias e circuitos de lazer. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 71-73.
Straight edge: o termo não tem tradução precisa, mas numa tradução livre para o português quer dizer “caminho correto”. Trata-se de um movimento descendente do punk e do hardcore norte-americano, cujos preceitos se estruturam a partir da música, mas vão muito além dela. Uma das principais características dos straight edges era a recusa do comportamento considerado destrutivo dos punks, especialmente o consumo de álcool e drogas. “Assim, manter-se ‘sóbrio’ era fundamental para a tarefa de propor alternativas de mudanças, algo que
é classificado como uma atitude mais positiva frente à situação. Logo, aqueles que faziam a opção por não consumir tais substâncias em função desse julgamento passaram a utilizar o termo straight edge, para designar a si próprios, e marcar as costas das mãos com ‘X’ – código utilizado em alguns bares norte-americanos para distinguir quem não pode consumir bebidas alcoólicas por ser menor de idade. [...] A oposição ao uso de drogas ainda é representada por meio das expressões ‘drug free’ (livre de drogas) e ‘drugs are for losers’ (drogas são para perdedores) frequentemente estampadas em camisetas. Aos poucos outros elementos foram sendo incorporados e passaram a fazer parte do comportamento dos straight edges, entre eles o vegetarianismo, num primeiro momento, e posteriormente, o ‘veganismo’, segundo o qual nenhum alimento ou produto que contenha qualquer substância derivada de animais é passível de consumo.”
SOUZA, Bruna Mantese de. Straight edges e suas relações na cidade. In: MAGNANI, J. C.; SOUZA, B. M. de (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias e circuitos de lazer. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 25-26.
Forrozeiro: prática de lazer tradicional da cultura nordestina, virou moda entre estudantes universitários paulistanos na década de 1990, que passaram a frequentar bailes de forró no bairro de Pinheiros, criando novos estilos musicais e de dançar, diferentes dos forrós existentes em outros locais da cidade. “É possível reconhecer facilmente uma forrozeira pela sua vestimenta. Ela geralmente usa saia, rodada e solta, curta ou longa. O importante é permitir a liberdade de movimento das pernas, para não atrapalhar na hora de dançar. São vários os tipos de tecidos, predominando os de cores fortes e quentes, como o vermelho, amarelo e laranja, além do uso constante de estampas florais. [...] Como a principal atividade do forró é a dança, a sapatilha indica quem é que sabe ou não dançar. A pessoa nem precisa saber todos os passos de dança, mas o uso da sapatilha demonstra que ela conhece as regras do lugar. [...] Para os homens, bermudas largas ou calças largas e confortáveis e camisetas leves de algodão, que costumam ser estampadas com nomes de bandas e de eventos ligados ao forró. [...] O estilo das bandas que se apresentam no forró universitário, segundo os forrozeiros, é o chamado ‘pé de serra’. Esse é um dado importante, ressaltado por seus usuários e produtores, que serve para diferenciá-lo dos forrós ‘risca-faca’.”
ALFONSI, Daniela do Amaral. O forró universitário em São Paulo. In: MAGNANI, J. C.; SOUZA, B. M. (Orgs.). Jovens na metrópole: etnografias e circuitos de lazer. São Paulo: Terceiro Nome, 2007. p. 47-48.
ATIVIDADE
APÓS A LEITURA, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:
1) Você conhece algum dos grupos/movimentos mencionados anteriormente? Quais?
2) Quais são as atividades desenvolvidas pelos jovens que atuam no hip-hop? Qual é o principal tipo de música difundido por esse movimento?
3) A partir de quais elementos e objetos os jovens que se identificam como góticos constroem sua identidade?
4) Analise as opções de consumo dos straight edges e explique como, por meio de suas escolhas, conseguem expressar suas ideologias.
AO CONCLUIR A ATIVIDADE, FAVOR ENVIÁ-LA PARA O EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br

ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 06/07 ATÉ 10/07
2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
JOVENS E CULTURA (PARTE 2)
Como os diferentes grupos de jovens buscam se diferenciar entre si? Qual é a lógica que explica a formação de movimentos, tipos, estilos e tendências tão diversos entre os jovens?
A lógica por detrás da marcação das diferenças entre grupos de jovens que buscavam ora seguir as tendências da moda, ora se contrapor ao contexto político e social vigente, opera de várias formas:
* Por meio do lazer: os grupos de colegas e amigos se reúnem em seu tempo de lazer a fim de divertirem-se juntos. Desenvolvem estilos próprios de vestuário, cheios de simbolismos, e elegem elementos privilegiados de consumo, que se tornam também simbólicos e em torno dos quais criam identidades distintas.
* Por meio da contestação: outros grupos de jovens, reunidos por afinidades de classe e origem social, buscam elaborar uma resposta diferenciada daquelas disponíveis, apropriando- se de forma peculiar de objetos providos pelo mercado, pela indústria cultural, atribuindo-lhes novos significados, a partir da inversão do seu uso original ou da reunião de objetos díspares em um conjunto inusitado cujo propósito é causar estranheza, criando estilos divergentes em contraposição a outros grupos sociais.
Por meio da música: o consumo de diferentes estilos musicais é um dos aspectos fundamentais na formação de grupos de jovens que se reúnem para ouvir, tocar, compor e se apresentar em conformidade com o tipo de música de sua preferência. O estilo musical, além de funcionar como marcação identitária, serve para comunicar e expressar ideologias políticas, filosofias de vida, modos de pensar sobre a realidade, manifestações sobre sentimentos em relação aos problemas sociais vivenciados no cotidiano, denúncias, protestos etc.
Um dos exemplos mais expressivos dessa combinação foi o aparecimento dos grupos de jovens punks, na Inglaterra, em 1976 e 1977. Para entender as origens e o significado de punk, solicite a um voluntário para ler o texto a seguir.

“A música punk aparece como uma reação ao estrelismo do rock progressivo imperante nos anos 70, que necessitava de um enorme esquema empresarial e envolvia muito dinheiro; aparece como busca de uma música simples e rudimentar, sem necessidade de grandes aparatos e virtuosismo, que qualquer garoto com vontade de divertir-se e expressar-se pudesse fazer: o ‘lema’ da proposta musical é justamente o do it yourself (faça você mesmo), com os recursos disponíveis, por mais rudimentares que sejam. O punk aparece então como uma música ágil e ‘autêntica’, ligada às experiências dos jovens no cotidiano das ruas: uma música que faz sentido de novo para os jovens e suas experiências reais. [...] Em torno dessa proposta musical, articula-se toda uma estética baseada nos mesmos princípios, isto é, a utilização de materiais rudimentares, desvalorizados, provenientes do lixo urbano e industrial: tecidos de plástico, calças rasgadas, meias furadas, camisetas semidestruídas, peças de roupa fora de moda. O estilo compõe uma aparência estranha e agressiva, de jovens ‘podres’ e ‘mal-intencionados’. Punk é um termo da língua inglesa que quer dizer madeira podre, mas que também serve para designar coisas sem valor ou pessoas desqualificadas.”
ABRAMO, Helena Wendel. Cenas juvenis: punks e darks no cenário urbano. São Paulo: Página Aberta, 1994. p. 44.

Os punks são apenas um dos diversos grupos de jovens que emergiram na segunda metade do século XX como forma de contestação à indústria de consumo de massa e ao estilo musical dominante do rock-’n’-roll norte-americano. Desde então, inúmeras formas de manifestação e expressão, baseadas em práticas de lazer, estilos visuais, filosofias de vida, gostos musicais, dança, grafite, performance e outros, surgem e desaparecem no espaço da escola, da comunidade, do bairro e da cidade.
ATIVIDADE
1) Qual é a característica dos grupos que se reúnem por meio do lazer?
2) Qual é a característica dos grupos que se reúnem por meio da contestação?
3) Qual é a característica dos grupos que se reúnem por meio da música?
4) Em que período aparecem os grupos intitulados de punks?
5) Qual é a característica dos grupos punks?

LINKS:

PUNKS - Origem, Curiosidades 

BOTINADA (The Rise of Punk Rock in Brazil)

O ROCK DE 1977 - A origem do Punk e a morte do Rei 


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ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 29/06 ATÉ 03/07
2.º ano
Aula de Sociologia
Cultura de Massa

No horizonte da produção cultural humana, existem formas artísticas que buscam um fim em si mesmas: fazer arte, promover a arte, despertar sensações estéticas no espectador. Também nesse horizonte, existe um fenômeno do século XX possibilitado pelos meios de comunicação de massa: produzir uma forma de arte que seja agradável apenas pelo entretenimento e que não tenha uma finalidade em si mesma, mas em outras coisas, como o poder político e o lucro. Nesse sentido, a cultura de massa utiliza-se da arte para fazer algo distinto dela: movimentar o mecanismo capitalista.
A cultura de massa não é produzida, mas sim reproduzida. A ideia aqui não é criar algo autêntico, mas reproduzir incessantemente o que já foi produzido (até que a demanda pelo objeto reproduzido esgote-se) para conseguir atingir o maior número de espectadores, gerando assim um maior lucro com menos esforço e gasto. O grande comunicador brasileiro Abelardo Barbosa, imortalizado pelo seu nome artístico Chacrinha, lançou uma frase que ainda circula na mídia: “Na TV nada se cria, tudo se copia”.
Ironicamente, Chacrinha é copiado até hoje. Seu formato irreverente de apresentar um programa de auditório, com piadas, música ao vivo, competições, dançarinas e cenários chamativos ainda é utilizado nos programas de auditório brasileiros. A música comercial, os filmes comerciais, até mesmo as artes plásticas atuais renderam-se a um sistema de reprodução de cópias.
A cultura de massa apresenta-se como o modelo de reprodução cultural que deixa de lado o que o filósofo e crítico literário alemão Walter Benjamin chamou de aura da obra de arte, para dar lugar à produção de fácil acesso, de fácil “digestão”, de baixa qualidade e de baixo nível intelectual e técnico.
Filmes com roteiros que prendem o espectador por sua fórmula que mistura ação, romance e planos dinâmicos; músicas de poucos acordes e poesias pobres; estampas reproduzidas que dão lugar à arte plástica produzida pelo pintor, enfim, tudo isso pode compor a gama de objetos da cultura de massa. A cultura de massa trata as pessoas não como indivíduos, mas como uma massa que busca sempre as mesmas coisas.



ATIVIDADE
1) A Cultura de Massa se utiliza da arte para fazer algo distinto dela. Aponte.

2) A Cultura de Massa é produzida ou reproduzida? Explique em poucas palavras.

3) Segundo o filósofo e crítico literário alemão, Walter Benjamin, qual seria as características da obra de arte na Cultura de Massa?

4) Como a Cultura de Massa trata as pessoas?

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, ANEXÁ-LA NA PLATAFORMA DO CLASSROOM OU ATRAVÉS DO EMAIL: ricardossilva@prof.educacao.sp.gov.br
ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 22/06 ATÉ 26/06

ATIVIDADES
AULA DE SOCIOLOGIA
2.º ANO
JOVENS E CULTURA - (PARTE 1)
Hoje, é comum nos referirmos às pessoas entre 13 e 30 anos como jovens. Essa delimitação às vezes se estende às pessoas um pouco mais velhas ou mesmo mais novas. Às vezes podemos usar o termo “jovem” em vez de “adolescente”. Isso ocorre porque não há uma definição muito precisa de quando começa a idade “jovem”, tampouco de quando ela termina.
Para os fins de Aprendizagem, nos referiremos à faixa etária em que se encontram os alunos como “jovens”. O aspecto mais relevante a ser destacado em relação ao exercício de sensibilização é que os jovens não são todos iguais. No Brasil, essa realidade parece evidente do ponto de vista sociodemográfico em função das enormes desigualdades sociais ainda vigentes em nosso país. Porém, o que é interessante apontar, além das diferenças que podemos observar em relação à origem social dos jovens, ao sexo, ao local de moradia, ao grau de escolaridade, entre outros fatores, são as diversidades quanto aos hábitos de consumo, às práticas de lazer, de fruição e de produção de cultura e também de produção de identidades.
Embora os interesses, os hábitos de lazer e o comportamento das pessoas mais novas, em geral, tendam a ser diferentes daqueles das pessoas mais velhas, até a década de 1950, aproximadamente, não se podia dizer que os jovens se destacavam como possuidores de uma “cultura própria”, ou como consumidores de produtos específicos e praticantes de atividades de lazer circunscritas a esta faixa etária. Ser jovem era mais uma fase da vida antes de se tornar adulto, com suas fragilidades e especificidades. O jovem precisava ser “preparado” para se tornar um cidadão, segundo determinados padrões considerados adequados, dependendo da sociedade na qual estava inserido.
Esse quadro começou a mudar com o surgimento da cultura e da comunicação de massa, após a Segunda Guerra Mundial. Os Estados Unidos foram o primeiro país a se beneficiar do novo ciclo de desenvolvimento industrial deslanchado com o final da guerra, quando houve uma ampla diversificação da produção e o aumento significativo dos níveis de emprego e dos benefícios do Estado de Bem-Estar Social. Esse período também foi caracterizado pelo crescente consumo, ampliado pela criação de novos bens e pelo aumento da importância dos meios de comunicação.
Nessa época, a escolaridade obrigatória foi estendida e houve uma significativa ampliação da oferta de empregos para os jovens recém-saídos do sistema educacional. Essas condições sociais e econômicas proporcionaram a emergência de novos estilos juvenis de vida.
Leia o seguinte texto.


ATIVIDADE

1) PESSOAS COM QUAL IDADE SÃO REFERIDAS COMO JOVENS NO TEXTO?

2) O QUE ERA SER JOVEM ATÉ A DÉCADA DE 1950?

3) A IDEIA DE JOVEM COMEÇA A MUDAR Á PARTIR DO SURGIMENTO DO QUÊ? E APÓS QUAL ACONTECIMENTO?

APÓS A CONCLUSÃO DA ATIVIDADE, FAVOR ENVIAR PARA O EMAIL:  ricardossilva@professor.educacao.sp.gov.br


  LINK DO CLASSROOM: 2ºA  SOCIOLOGIA


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 15/06 ATÉ 19/06

2.º ANO
AULA DE SOCIOLOGIA
CONSUMO E CONSUMISMO
O Consumismo está relacionado à criação de desejos crescentes. É o consumo contínuo e incessante de bens, serviços e produtos muitas vezes supérfluos.
O consumismo é característico das sociedades modernas capitalistas e da expansão da globalização.
Ele está inserido na denominada: “Sociedade do Consumo”, onde ocorre o consumo massivo e desenfreado de bens e serviços que visa, sobretudo, o lucro das empresas e o desenvolvimento econômico.
Essa postura consumista surgiu a partir da Revolução Industrial no século XVIII, de forma que os processos industriais possibilitaram o aumento da produção e, consequentemente, do consumo de produtos.
Muitas vezes as propagandas usam frases como: “Esse produto trará uma satisfação que você não espera”, ou algo similar. Ou seja, ela vende não a satisfação de uma necessidade existente, mas a criação de uma nova necessidade que aquele produto irá suprir e ela nem sabia que isso seria possível. Não é raro que a propaganda, transmitida pelos meios de comunicação, trabalhe a ideia de que o produto pode mudar a vida da pessoa ou de que a mesma não tem consciência de como isso poderia ser bom para ela.
A incessante criação de desejos implica na contínua substituição dos objetos, uma vez que novas necessidades são criadas o tempo todo e assim nos baseamos no excesso e no desperdício. O volume de novidades rapidamente torna obsoletas levas e levas de produtos. Há então um excesso de novidades.
Os jovens começam a compreender que o consumo faz parte de toda a vida social, pois os seres humanos precisam consumir para existir. Mas nas sociedades que passaram pelo processo de industrialização não há apenas o consumo enquanto forma de satisfação de necessidades básicas; há também o consumismo. Ou seja, o consumo contínuo e incessante de bens, serviços e produtos muitas vezes supérfluos.
O consumismo, para continuar existindo, trabalha com um paradoxo (paradoxo significa algo que é um contrassenso, um absurdo, um disparate, ou parece uma contradição). Ao mesmo tempo em que vende a promessa de satisfação, precisa mostrar ou fazer o consumidor acreditar que está insatisfeito. Ou seja, a pessoa compra um produto e logo é levada a pensar que o outro produto é melhor e traria mais felicidade. “A sociedade de consumo prospera enquanto consegue tornar perpétua a não satisfação de seus membros (e assim, em seus próprios termos, a infelicidade deles).” Ou seja, estimula emoções consumistas, e não a razão.

ATIVIDADE

1) DE ACORDO COM O TEXTO, O CONSUMISMO ESTÁ RELACIONADO AO?

2) SEGUNDO O TEXTO, O CONSUMISMO É CARACTERÍSTICO DE QUE TIPOS DE SOCIEDADES?

3) DE ACORDO COM O TEXTO, QUANDO SURGIU A POSTURA CONSUMISTA?

4) O CONSUMISMO PARA CONTINUAR EXISTINDO, TRABALHA COM QUAL PARADOXO?

Enviar atividades realizadas para o email: ricardocientistasocial@gmail.com




ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 08/06 ATÉ 12/06


AULA DE SOCIOLOGIA
A INDÚSTRIA CULTURAL
Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), pensadores alemães, procuraram analisar a relação entre cultura e ideologia com base no conceito de indústria cultural. Apresentaram esse conceito em 1947, no texto A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas. Nele, afirmavam que o conceito de indústria cultural permitia explicar o fenômeno da exploração comercial e a vulgarização da cultura, como também a ideologia da dominação. A preocupação básica era com a emergência de empresas interessadas na produção em massa de bens culturais, como qualquer mercadoria (roupas, automóveis, sabonetes, etc.), visando exclusivamente ao consumo, tendo como fundamentos a lucratividade e a adesão incondicional ao sistema dominante.
Adorno e Horkheimer apontaram a possibilidade de homogeneização das pessoas, grupos e classes sociais; esse processo atingiria todas as classes, que seriam seduzidas pela indústria cultural, pois esta coloca a felicidade imediatamente nas mãos dos consumidores mediante a compra de alguma mercadoria ou produto cultural. Cria-se assim uma subjetividade uniforme e, por isso, massificada.
Nos mais diversos filmes de ação, somos tranqüilizados com a promessa de que o vilão terá um castigo merecido. Tanto nos sucessos musicais quanto nos filmes, a vida parece dizer que tem sempre as mesmas tonalidades e que devemos nos habituar a seguir os compassos previamente marcados. Dessa forma, sentimo-nos integrados numa sociedade imaginária, sem conflitos e sem desigualdades.
A diversão, nesse sentido, é sempre alienante, conduz à resignação e em nenhum momento nos instiga a refletir sobre a sociedade em que vivemos. A indústria cultural transforma as atividades de lazer em um prolongamento do trabalho, promete ao trabalhador uma fuga do cotidiano e lhe oferece, de maneira ilusória, esse mesmo cotidiano como paraíso. Por meio da sedução e do convencimento, a indústria cultural vende produtos que devem agradar ao público, não para fazê-lo pensar com informações novas que o perturbem, mas para propiciar-lhe uma fuga da realidade. Tal fuga, segundo Adorno, faz que o indivíduo se aliene, para poder continuar aceitando com um “tudo bem” a exploração do sistema capitalista.

ATIVIDADE
1) Quais foram os dois pensadores alemães que procuraram analisar a relação entre Cultura e Ideologia com base no conceito de Indústria Cultural?

2) A chamada Indústria Cultural coloca a felicidade imediata dos consumidores mediante o que segundo o texto?

3) A Indústria Cultural transforma as atividades de lazer em quê? Aponte.

Email para o envio da atividade: ricardocientistasocial@gmail.com


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 26/05 ATÉ 29/05

AULA SOCIOLOGIA
IDEOLOGIA COMO VISÃO DE MUNDO
Outra abordagem teórica sobre a temática da ideologia é a do filósofo italiano Antonio Gramsci. Seus estudos procuraram valorizar o papel da cultura no desenvolvimento da luta de classes.
Para Gramsci, a ideologia pode ser compreendida como visão de mundo, um conjunto de perspectivas produzidas por diferentes classes sociais que se materializam nas práticas sociais ao mesmo tempo que são influenciadas por elas, formando um sistema de valores culturais. A ideologia representa o modo como cada grupo ou classe social atribui sentido a suas experiências no mundo.
Duas conseqüências importantes derivam dessa visão. A primeira é a valorização da cultura na análise das relações sociais. A segunda é o papel que as classes dominadas podem ter no processo de transformação da sociedade.
Na visão de Gramsci, as ideologias são expressões das experiências sociais e estão profundamente vinculadas às práticas culturais de sujeitos coletivos. Sendo assim, as classes dominantes procuram difundir sua forma de explicar o mundo, de modo que possam inspirar o comportamento cultural das classes dominadas e influenciá-lo. Quando isso ocorre, estamos diante de uma situação dominada por ele de hegemonia.
PARA LEMBRAR:
HEGEMONIA: Domínio moral e político de uma classe sobre as classes subalternas, com base no consentimento dos subordinados e não na violência.
QUEM ESCREVEU SOBRE ISSO:
ANTONIO GRAMSCI
Antonio Gramsci (1891-1937) foi um dos principais intelectuais marxistas do século XX. É um dos responsáveis por valorizar o papel da cultura na luta de classes. Para Gramsci, a chegada das classes trabalhadoras ao poder deveria ser precedida pela mudança da mentalidade da sociedade. Ele atribui à educação e à cultura uma importância significativa na formação da sociedade, pois são espaços para construção da hegemonia social.

ATIVIDADE
COM BASE NO TEXTO, RESPONDA:
1) Quem foi Antonio Gramsci?
2) Os estudos de Antonio Gramsci procuraram valorizar o quê?
3) Para Antonio Gramsci, como a ideologia poderia ser representada?
4) Cite a definição de Hegemonia?

Enviar as atividades realizadas para o email: ricardocientistasocial@gmail.com


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 18/05 ATÉ 22/05

A ideologia no cotidiano
Em nosso cotidiano, ao nos relacionarmos com as outras pessoas, exprimimos por meio de ações, palavras e sentimentos uma série de elementos ideológicos. Como vivemos em uma sociedade capitalista, a lógica que a estrutura, a da mercadoria, permeia todas as nossas relações, sejam elas econômicas, políticas, sociais ou sentimentais. Podemos dizer que há um modo capitalista de viver, de sentir e de pensar.
A expressão da ideologia na sociedade capitalista pressupõe a elaboração de um discurso homogêneo, pretensamente universal, que, buscando identificar a realidade social com o que as classes dominantes pensam sobre ela, oculta as contradições existentes e silencia outros discursos e representações contrárias.
Esse discurso não leva em conta a história e destaca categorias genéricas — a família ou a juventude, por exemplo —, passando, em cada caso, uma ideia de unidade, de uniformidade. Ora, existem famílias com constituições diferentes e em situações econômicas e sociais diversas. Há jovens que vivem nas periferias das cidades ou na zona rural, enfrentando dificuldades, bem como jovens que moram em bairros luxuosos ou condomínios fechados, desfrutando de privilegiada situação econômica ou educacional. Portanto, não existe a família e a juventude, mas famílias e jovens diversos, cada qual com sua história.
Outra manifestação ideológica na sociedade capitalista é a ideia de que vivemos em uma comunidade sem muitos conflitos e contradições. As expressões mais claras disso são as concepções de nação ou de região como determinado país ou dado espaço geográfico. Essas concepções passam a visão de que há uma comunidade de interesses e propósitos partilhados por todos os que vivem num país ou num espaço específico. Ficam assim obscurecidas as diferenças sociais, econômicas e culturais, os conflitos entre os vários grupos e classes, enfatizando-se uma unidade que não existe. Um exemplo disso é a atribuição de determinadas características a toda uma região que tem em seu interior uma diversidade muito grande.
Mas existem outras formas ideológicas que são desenvolvidas sem muito alarde e que penetram nosso cotidiano. Uma delas é a ideia de felicidade. Felicidade, para muitos, é um estado relacionado ao amor, mas também significa estabilidade financeira e profissional, bem-estar existencial e material. É um conjunto de situações, mas normalmente a mais focalizada é a amorosa. E os filmes, as novelas, as revistas, apesar de todas as condições adversas que um indivíduo possa enfrentar, estão sempre reforçando o lema: “o amor vence todas as dificuldades”.
Talvez a maior de todas as expressões ideológicas que encontramos em nosso cotidiano seja a ideia de que o conhecimento científico é verdade inquestionável. Muitas pessoas podem não acreditar em uma explicação oferecida por campos do conhecimento que não são considerados científicos, mas basta dizer que se trata de resultado de pesquisa ou informação de um cientista para que a tomem como verdade e passem a orientar suas práticas cotidianas por ela. Isso aparece principalmente quando as informações e notícias são veiculadas pelos meios de comunicação e se referem à saúde. Da busca do sentido da vida às possibilidades de sucesso, a ciência é vista como uma grande solução para todos os problemas, males e enigmas.
Ora, nada está mais distante do conhecimento científico do que a ideia de verdade absoluta e a pretensão de explicar todas as coisas. A ciência nasceu e se desenvolveu questionando as explicações dadas a situações e fenômenos, e continua se desenvolvendo com base no questionamento de seus próprios resultados. O pensamento científico é histórico e tem sua validade temporária, sendo a dúvida seu valor maior.
Mas o conhecimento científico, quando analisado da perspectiva de um pensamento hegemônico ocidental, torna-se colonialista, pois o que é particular (ocidental) se universaliza e se transforma em um paradigma que nega outras formas de explicar e conhecer o mundo. Assim, desqualifica outras culturas e saberes, tidos como inferiores e exóticos, como o conhecimento das civilizações ameríndias, orientais e árabe.

ATIVIDADES

1) Qual é a expressão da ideologia na sociedade capitalista?


2) Segundo o texto, qual é a ideia que temos de “felicidade” no cotidiano?


3) Por que o conhecimento científico é tido como uma ideologia. Que crença muito comum que esse conhecimento passa para as pessoas e porque tem problemas?


Após a conclusão, favor enviar a atividade resolvida para o email: ricardocientistasocial@gmail.com


ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 11/05 ATÉ 15/05


A IDEOLOGIA, SUAS ORIGENS E PERSPECTIVAS
A ideia de cultura nasce da análise das sociedades antigas, mas o conceito de ideologia é um produto essencialmente moderno, pois antes da Idade Moderna as explicações da realidade eram dadas pelos mitos ou pelo pensamento religioso.
Uma das primeiras ideias sobre ideologia foi expressa por Francis Bacon (1561-1626), em seu livro Novum organum (1620). Ele não utilizava o termo ideologia, mas, ao recomendar um estudo baseado na observação, declarava que, até aquele momento, o entendimento da verdade estava obscurecido por ídolos, ou seja, por ideias erradas e irracionais.
O termo ideologia foi utilizado inicialmente pelo pensador francês Destutt de Tracy (1754-1836), em seu livro Elementos de ideologia (1801), no sentido de “ciência da gênese das ideias”. Tracy procurou elaborar uma explicação para os fenômenos sensíveis que interferem na formação das ideias, ou seja, a vontade, a razão, a percepção e a memória.
Um segundo sentido de ideologia, o de “ideia falsa” ou “ilusão”, foi utilizado por Napoleão Bonaparte num discurso perante o Conselho de Estado, em 1812. Napoleão afirmou nesse discurso que seus adversários, que questionavam e perturbavam a sua ação governamental, eram apenas metafísicos, pois o que pensavam não tinha conexão com o que estava acontecendo na realidade, na história.
Auguste Comte (1798-1857), em seu Curso de filosofia positiva (1830-1842), retomou o sentido de ideologia utilizado por Tracy — o de estudo da formação das ideias, partindo das sensações (relação do corpo com o meio) — e acrescentou outro, o de conjunto de ideias de determinada época.
Karl Marx também não apresentou uma única definição de ideologia. No livro A ideologia alemã (1846), ele se referiu à ideologia como um sistema elaborado de representações e de ideias que correspondem a formas de consciência que os homens têm em determinada época. Ele afirmou ainda que as ideias dominantes em qualquer época são sempre as de quem domina a vida material e, portanto, a vida intelectual.
Marx desenvolveu a concepção de que a ideologia é a inversão da realidade, no sentido de reflexo, como na câmara fotográfica, em que a imagem aparece “invertida”. Contrapondo-se a muitos autores que acreditavam que as ideias transformavam e definiam a realidade, Marx afirmava que a existência social condicionava a consciência dos indivíduos sobre a situação em que viviam. Assim, para Marx, as ideologias não são meras ilusões e aparências — e muito menos o fundamento da história —, mas são uma realidade objetiva e atuante.
No mesmo livro de Marx, pode-se encontrar a explicação de que a ideologia é resultante da divisão entre o trabalho manual e o intelectual. O trabalho intelectual esteve nas mãos da classe dominante e, assim, à medida que pôde “emancipar-se” da realidade concreta em que foi produzido e se transformar em teoria pura, pôde também transformar-se em teoria geral para todas as sociedades, sem levar em conta a história de cada uma delas. Essa emancipação das ideias é muito bem exemplificada por Marx. Ele se refere a um indivíduo que afirmava que os homens só se afogavam porque estavam possuídos pela ideia de gravidade. Se abandonassem essa ideia, estariam livres de qualquer afogamento. Marx não diz se esse homem foi bem sucedido na luta contra a ilusão de gravidade nem se tentou testar sua teoria.
Émile Durkheim, ao discutir a questão da objetividade científica em seu livro As regras do método sociológico (1895), afirma que, para ser o mais preciso possível, o cientista deve deixar de lado todas as pré-noções, as noções vulgares, as ideias antigas e pré-científicas e as ideias subjetivas. São essas ideias que ele entende por ideologia, ou seja, o contrário de ciência.
Karl Mannheim (1893-1947) talvez seja o sociólogo depois de Marx que mais tenha influenciado a discussão sobre ideologia. No livro Ideologia e utopia (1929), ele conceitua duas formas de ideologia: a particular e a total. A particular corresponde à ocultação da realidade, incluindo mentiras conscientes e ocultamentos subconscientes e inconscientes, que provocam enganos ou mesmo autoenganos. A ideologia total é a visão de mundo (cosmovisão) de uma classe social ou de uma época. Nesse caso, não há ocultamento ou engano, apenas a reprodução das ideias próprias de uma classe ou ideias gerais que permeiam toda a sociedade.
Para Mannheim, as ideologias são sempre conservadoras, pois expressam o pensamento das classes dominantes, que visam à estabilização da ordem. Em contraposição, ele chama de utopia o que pensam as classes oprimidas, que buscam a transformação.

ATIVIDADE
APÓS A LEITURA, RESPONDA ÀS SEGUINTES QUESTÕES:
1) O termo ideologia foi utilizado inicialmente por qual pensador?

2) Qual foi o sentido de ideologia utilizado por Napoleão Bonaparte?

3) Qual o sentido de ideologia apontado por Karl Marx no livro A Ideologia Alemã?

4) O que Émile Durkheim entende por ideologia?

5) Para Karl Mannheim qual é a diferença entre ideologia e utopia?


Após a conclusão da atividade, favor enviar para o email: ricardocientistasocial@gmail.com




ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 04/05 ATÉ 08/05


AULA SOCIOLOGIA
OS SIGNIFICADOS DE CULTURA
Os significados de cultura O emprego da palavra cultura, no cotidiano, é objeto de estudo de diversas ciências sociais. Félix Guattari, pensador francês (1930-1992) interessado nesse tema, reuniu os diferentes significados de “cultura” em três grupos, por ele designados cultura-valor, cultura-alma coletiva e cultura-mercadoria.
Cultura-valor é o sentido mais antigo e aparece claramente na ideia de “cultivar o espírito”. É o que permite estabelecer a diferença entre quem tem cultura e quem não tem ou determinar se o indivíduo pertence a um meio culto ou inculto, definindo um julgamento de valor sobre essa situação. Nesse grupo inclui-se o uso do termo para identificar, por exemplo, quem tem ou não cultura clássica, artística ou científica.
O segundo significado, designado cultura-alma coletiva, é sinônimo de “civilização”. Ele expressa a ideia de que todas as pessoas, grupos e povos têm cultura e identidade cultural. Nessa acepção, pode-se falar de cultura negra, cultura chinesa, cultura marginal, etc. Tal expressão presta-se assim aos mais diversos usos por aqueles que querem dar um sentido para a ação dos grupos aos quais pertencem, com a intenção de caracterizá-los ou identificá-los.
O terceiro sentido, o de cultura-mercadoria, corresponde à “cultura de massa”. Ele não comporta julgamento de valor, como o primeiro significado, nem delimitação de um território específico, como o segundo. Nessa concepção, cultura compreende bens ou equipamentos — como os centros culturais, os cinemas, as bibliotecas —, as pessoas que trabalham nesses estabelecimentos, e os conteúdos teóricos e ideológicos de produtos — como filmes, discos e livros — que estão à disposição de quem quer e pode comprálos, ou seja, que estão disponíveis no mercado.

ATIVIDADE
RESPONDA
1) QUAIS OS 3 SENTIDOS E/OU SIGNIFICADOS DE CULTURA?







CULTURA ERUDITA E CULTURA POPULAR
A separação entre cultura popular e erudita, com a atribuição de maior valor à segunda, está relacionada à divisão da sociedade em classes, ou seja, é resultado e manifestação das diferenças sociais. Há, de acordo com essa classificação, uma cultura identificada com os segmentos populares e outra, superior, identificada com as elites.
A cultura erudita abrangeria expressões artísticas como a música clássica de padrão europeu, as artes plásticas — escultura e pintura —, o teatro e a literatura de cunho universal. Esses produtos culturais, como qualquer mercadoria, podem ser comprados e, em alguns casos, até deixados de herança como bens físicos.
A chamada cultura popular encontra expressão nos mitos e contos, danças, música — de sertaneja a cabocla —, artesanato rústico de cerâmica ou de madeira e pintura; corresponde, enfim, à manifestação genuína de um povo. Mas não se restringe ao que é tradicionalmente produzido no meio rural. Inclui também expressões urbanas recentes, como os grafites, o hip-hop e os sincretismos musicais oriundos do interior ou das grandes cidades, o que demonstra haver constante criação e recriação no universo cultural de base popular. Nesse universo quem cria é o povo, nas condições possíveis. A palavra folclore (do inglês folklore, junção de folk, “povo”, e lore, “saber”) significa “discurso do povo”, “sabedoria do povo” ou “conhecimento do povo”

COM BASE NO TEXTO, RESPONDA:
1) O que é a cultura erudita?



2) O que é a cultura popular?




Após a conclusão da atividade, enviar para o email: ricardocientistasocial@gmail.com ou Whatsapp.



ATIVIDADES PARA A SEMANA DO DIA 27/04 ATÉ 01/05


AULA 1
A NOÇÃO DE CULTURA E A IDEIA DE CULTURA DE MASSA
A TRANSMISSÃO CULTURAL E A LINGUAGEM
O homem só existe enquanto ser cultural. É a cultura que nos humaniza como seres humanos. Não é a inserção em grupos que nos distingue dos outros animais, pois todos já puderam observar que os animais, de uma forma geral, vivem, na sua maioria, imersos em grupos. Logo, os animais podem viver em sociedade, mas não podem desenvolver cultura.
Para esta discussão, leia o texto a seguir.
As abelhas se organizam em grupos e possuem regras e atividades para cada uma. Mas as abelhas de uma mesma espécie sempre se relacionam com o mesmo meio da mesma forma. Só ocorre uma alteração no seu comportamento devido a alguma alteração no meio, mas caso isso não ocorra, elas simplesmente reproduzem o seu modo de vida. Desta forma pode-se dizer que elas se adaptam ao meio, ou a alterações ao meio, mas não o transformam. A capacidade de transformar o próprio comportamento e a natureza é própria do homem.

1) O que vocês acham que o texto quer dizer?


2) O que as abelhas e outros animais têm?


3) E o que vocês acham que eles não têm?


Entre as abelhas existe sociedade, mas não existe cultura. Existem indivíduos ordenados como coletividade em que pode haver uma divisão do trabalho, de sexo e idade. Mas não há cultura, pois não há tradição viva, elaborada de geração para geração que permita tornar única e singular uma dada sociedade. Uma tradição viva nada mais é do que um conjunto de escolhas. Ter tradição não significa só viver determinadas regras, pois os animais vivem regras, mas viver conscientemente as regras. Sob determinadas circunstâncias, os animais vão sempre agir e reagir da mesma forma. Se eles mudam suas regras, o fazem por mudanças no meio. Já com o homem não acontece o mesmo. Os animais não produzem tradições que os diferenciem. A cada grupo humano corresponde uma tradição cultural.
Por exemplo, não há como mostrar uma casa e dizer: esta é uma casa tipicamente humana, como se ela representasse todas as casas humanas. Mas posso tomar qualquer casa de joão-de-barro e dizer que é uma casa típica de joão-de-barro. Não interessa se do Brasil ou de qualquer outro lugar.

*Façam um breve resumo da discussão apresentada sobre cultura e sociedade.





AULA 2
A NOÇÃO DE CULTURA E A IDEIA DE CULTURA DE MASSA
O PAPEL DA LINGUAGEM NA TRANSMISSÃO CULTURAL E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
Como vivemos em sociedade, não é possível deixar de lembrar que não há cultura individual e que toda cultura é socialmente partilhada. O homem ao nascer é absolutamente frágil, um dos seres mais frágeis que existem. Assim como outros mamíferos, ele precisa que alguém lhe dê água, comida, abrigo e limpeza.
Mas, ao contrário dos outros animais, praticamente tudo pode ser ensinado para um homem na primeira infância. Assim, um bebê nascido no Brasil pode ser retirado de seus pais e criado por outra família na China e ele vai agir, falar e pensar de acordo com os hábitos culturais dessa família que o adotou. Ele não gostará de arroz com feijão e terá dificuldade de pronunciar palavras da língua portuguesa, caso algum dia venha para cá. Ele pensará como um chinês e falará como tal. Provavelmente gostará de comidas que, para o paladar brasileiro, são consideradas inadmissíveis, como escorpiões e certos tipos de insetos. Ele saberá comer com palitos e não com garfo e faca. Enfim, agirá e pensará como um chinês, embora tenha nascido de pais brasileiros. O mesmo não ocorre com os animais. Um gato, por exemplo, pode até ser
criado com uma família de cachorros, mas nunca latirá. Isso porque seu comportamento é regido muito mais pelos seus instintos.
E o homem? O que rege o nosso comportamento? O comportamento do homem é regido   por padrões culturalmente transmitidos pela linguagem.
Logo, para os seres humanos, a linguagem tem papel importantíssimo na apreensão dos conteúdos simbólicos, pois é por meio dela que nos tornamos seres humanos. É por intermédio
dela que os padrões culturais são transmitidos por meio de símbolos e sinais. E na nossa sociedade existem vários mecanismos de transmissão cultural.

* Escrevam uma lista de mecanismos de transmissão que temos em nossa sociedade




Se a linguagem é a forma mais importante de transmissão cultural, cada vez mais na nossa
sociedade essa se dá pelos meios de comunicação de massa. Eles são importantíssimos para que possamos compreender o que se passa na sociedade e como devemos agir socialmente.




ATIVIDADE 1


LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTÕES
Assim que responder, favor enviar para o email: ricardocientistasocial@gmail.com








1] Quem é Émile Durkheim?

2] Qual era o contexto histórico que a Europa e a França viviam na segunda metade do século XIX?

3] Qual era a grande preocupação de Émile Durkheim?

4] O que são os fatos sociais para Émile Durkheim?

5] Quais os nomes das 3 características dos fatos sociais?

6] O que é a consciência coletiva para Durkheim?

7] O que vem a ser a divisão do trabalho social?

8] Quais os nomes dos dois tipos de solidariedade para Émile Durkheim?

9] Qual a definição de suicídio para Émile Durkheim?

10] Quais os nomes dos 3 tipos de suicídios para Émile Durkheim?

Assista também as videos aulas:

https://www.youtube.com/watch?v=vA7nGSYW-rE&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=0Py8Vb6W544&feature=youtu.be

ATIVIDADE 2


ASSISTA A VIDEO AULA ABAIXO E LEIA O TEXTO PARA RESPONDER AS QUESTÕES

https://www.youtube.com/watch?v=ELgZWQuLIGI



A RELAÇÃO ENTRE OS ESTABELECIDOS E OS OUTSIDERS

A relação entre “estabelecidos” e “outsiders” foi cunhada pelo sociólogo alemão Norbert Elias (1897-1990) no livro Os estabelecidos e os outsiders”, no qual ele estabelece a análise das tensões ocorridas na pequena cidade de Winston Parva (nome fictício), na Inglaterra.
O texto de Norbert Elias é muito complexo e o autor introduz uma série de conceitos.
Vamos conhecer a trajetória de Norbert Elias que ajuda a compreender a obra dele:
*Norbert Elias nasceu na cidade de Breslau, em 1897, na antiga Alemanha. Atualmente a cidade chama-se Wroclaw e fica na Polônia (mudança ocorrida depois da Segunda Guerra Mundial). Elias, portanto, se considerava alemão e Breslau, uma cidade alemã;
*era filho de judeus. Primeiro estudou Medicina, depois Filosofia e, por fim, interessou-se pela Sociologia. Com os ânimos exaltados na Alemanha e a Segunda Guerra Mundial quase começando, foi para a Inglaterra com medo das perseguições que já ocorriam na Alemanha;
*seu primeiro livro foi publicado em 1938 e passou os trinta anos seguintes esquecido;
*Elias viajou por vários países, tendo morado até na África, onde lecionou na Universidade de Gana;
*ele sempre foi um outsider na Academia. Ou seja, sofreu preconceito e só conseguiu o reconhecimento pela obra tardiamente, quando beirava os setenta anos.
*Não foi à toa que ele se interessou por tal tema, pois também foi um outsider em alguns momentos de sua vida.

Publicado pela primeira vez em 1965, Os estabelecidos e os outsiders foi escrito em parceria com John L. Scotson. Nele, Elias faz uma análise das tensões entre dois grupos na pequena Winston Parva. A princípio, seu estudo era sobre os diferentes níveis de delinqüência encontrados entre o lado mais novo da cidade e o antigo. Mas, no decorrer da pesquisa, ele mudou seu objeto para as relações entre os bairros. Sua decisão de mudar de objeto se mostrou acertada, pois as diferenças entre os níveis de delinqüência praticamente acabaram no terceiro ano da pesquisa. O bairro mais antigo, contudo, continuava a ver a nova área como local de delinqüência. Elias verificou que naquela localidade era possível encontrar um tema universal: como um grupo estabelecido estigmatiza um outro grupo tratando-o como outsider.

O termo outsider não tem uma tradução muito fácil para a língua portuguesa. Literalmente, significa “de fora”, ou seja, alguém que veio de outro lugar e não é membro original de um grupo, não se encaixa muito bem nele. Mas dizer em português que alguém é um “de fora”soa um tanto estranho aos nossos ouvidos. É por isso que o termo não é traduzido e usa-se a expressão em inglês. Na obra Os estabelecidos e os outsiders, Norbert Elias aplica a categoria “outsider” para referir-se aos habitantes mais novos de Winston Parva. No entanto, utiliza-se também para designar de forma geral os grupos que detêm menos poder. Em contraposição à categoria de “outsider”, Elias denomina os antigos moradores da cidade de “estabelecidos”, que também aplica para designar os grupos que detêm mais poder.

Os estabelecidos consideram-se humanamente superiores. Isto é, os grupos poderosos vêem-se como pessoas melhores. A inferioridade de poder é vista como inferioridade humana, e por isso recusam-se a ter qualquer contato maior com os outsiders que não seja o meramente profissional. Isso ocorre porque os estabelecidos acreditam que sejam dotados do que Elias chama de “uma espécie de carisma grupal”, um tipo de qualidade que faltaria aos outsiders.
            Em Winston Parva os grupos não diferiam entre si pela nacionalidade, ascendência étnica, cor ou tipo de ocupação. Logo o que estava em jogo numa relação entre os estabelecidos e os outsiders não é a diferença de cor, religião, ou qualquer outra entre os grupos, mas sim a diferença de poder.
            Elias mostrou que o problema não está nessas características que podem diferenciar os grupos, mas no fato de que uns grupos têm mais poder e acham que por isso são melhores do que os outros. Os grupos detentores de mais poder usam essas diferenças porque se vêem como superiores. A questão é a diferença no equilíbrio de poder entre eles. Ou seja, em última instância, não é a cor, a religião, a nacionalidade etc., que faz um grupo ver o outro como inferior, e sim o fato de que eles detêm maior poder e, assim, usam esses fatores como justificativa para manter esse poder. Isso tanto pode ser feito de forma inconsciente quanto consciente. Ou seja, um grupo pode manipular as características de outro de forma negativa a seu favor, de propósito, como poder fazer isso de forma inconsciente.
            No caso da cidade estudada por Elias, a única diferença entre as duas áreas era o tempo de residência: um grupo estava lá havia duas ou três gerações e o outro chegara recentemente. A superioridade na tinha a ver com poder militar ou econômico, mas com o alto grau de coesão das famílias (ELIAS; SCOTSON, 2000, p. 22).
            Desta forma, eles conseguiam se organizar para obter os melhores cargos nas organizações locais, como no conselho, na escola e no clube e, assim, excluíam os outros que não tinham coesão entre si. A coesão de um grupo está relacionada ao grau de integração do grupo. Os moradores mais antigos eram, portanto, profundamente integrados. Os grupos coesos são aqueles nos quais seus participantes aceitam quase que totalmente as regras do grupo ao qual pertencem.
            O grupo outsider é muitas vezes estigmatizado e isso ocorre devido ao grande desequilíbrio de poder. Um grupo só consegue estigmatizar o outro quando as relações de poder entre os grupos é muito instável – afinal, um deles precisa deter muito mais poder do que o outro para ser capaz de estigmatizá-lo, e assim, dizer que o outro tem “valor humano’ inferior como forma de manter sua superioridade. Isso só muda quando há alteração no equilíbrio de poder entre os grupos.
            Mas o estigma não pode ser confundido com o preconceito, pois a questão não é individual, e sim social, ou seja, há diferença entre preconceito individual e estigmatização grupal. A estigmatização é um processo social. Em Winston Parva as pessoas eram estigmatizadas não pelas suas qualidades e defeitos individuais, mas por serem membros de um grupo malvisto, considerado coletivamente inferior. O grupo dos estabelecidos da cidade havia desenvolvido um estilo de vida e um conjunto de normas partilhadas pelos seus membros, mas tais normas eram desconhecidas pelos moradores da parte nova da cidade.
            Vamos ao exemplo da favela. Infelizmente, no nosso país, o morador da favela com freqüência é estigmatizado pela sociedade. Muitos acham que todos os que moram na favela são ladrões ou pessoas que não querem trabalhar, entre outras características negativas. Com base nesse estigma, muitas vezes o termo “favelado” é usado como forma de xingamento, e não apenas para designar quem mora na favela. É usado entre não favelados para a desqualificação do outro, qualquer que seja ele, favelado ou não. Trata-se do que Elias chama de “desonra grupal”. Com isso, as pessoas que moram na favela são sistematicamente depreciadas sem ao menos ter a chance de mostrar que não se enquadram nesse triste esteriótipo – podem, por exemplo, perder as oportunidades de emprego por conta disso, - pelo simples fato de pertencerem a um grupo estigmatizado.
            Para concluir, o texto de Norbert Elias não ajuda apenas a compreender as tensões na pequena cidade de Winston Parva; ele é relevante para que possamos entender as tensões da nossa sociedade, do nosso país e mesmo do nossos bairro. Ele nos ajuda a refletir sobre questões presentes entre nós, brasileiros, da mesma forma que pode nos auxiliar na compreensão das tensões que ocorrem em outros países ou momentos históricos.




ATIVIDADE
COM BASE NA LEITURA E COMPREENSÃO DO TEXTO RESPONDA E FUNDAMENTE AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) Quem cunhou a expressão “os estabelecidos” e “os outsiders”?
2) Qual era o nome da cidade pesquisada por Norbert Elias e em qual país ela se localiza?
3) Quem foi Norbert Elias? E porquê ele é considerado um outsider na Academia?
4) Quando o livro Os estabelecidos e os outsiders foi publicado? Elias escreveu o livro com a parceria de qual pesquisador?
5) O que significa o termo outsider?
6) Porquê os estabelecidos se viam como humanamente superiores?
7) Como os estabelecidos mantinham a coesão grupal entre eles?
8) Porquê o grupo outsider é muitas vezes estigmatizado pelo outro?
9) Porquê o estigma não pode ser confundido com preconceito? Qual é a diferença entre os dois termos?
10) Qual é a razão, apontada no texto, para os moradores que residem em locais nomeadas de “favelas” serem, muitas vezes, estigmatizados no Brasil de acordo com o texto.

Boa Atividade.
Favor enviá-la para o email: ricardocientistasocial@gmail.com

ATIVIDADE 3


O ESTRANGEIRO DO PONTO DE VISTA SOCIOLÓGICO
Iniciamos nossa atividade tratando dos significados de migração, imigração e emigração. Você pode começar o debate lendo para a sala a definição do dicionário Aurélio:

Emigrante: Que ou quem emigra; emigrado.
Emigrar: Deixa r um país para estabelecer-se em outro. Sair (da pátria ) para residir em outro país.
Imigrante: Que ou pessoa que imigra.
Imigrar: Entrar (num país estranho) para nele viver.
Migrante: Que ou quem migra.
Migrar: mudar periodicamente ou passar de uma região para outra, de um país para outro.

FAÇAM A SEGUINTE PESQUISA E ENTREGUEM AO PROFESSOR À RESPEITO DA HISTÓRIA E ORIGEM DA SUA FAMÍLIA:

a) Por que alguém da sua família migrou, imigrou ou emigrou?

b) O que sabiam da cidade, Estado ou país de destino?

c) Há quanto tempo estão no lugar (bairro, cidade, país)?

d) Ainda sentem-se estrangeiros?

e) Já puderam volta r para o local de origem? Como foi?

f) Já sentiu vontade de voltar para o lugar de origem? Se sim, por que ficou?

g) Por que voltaram para o local de origem? (Caso trate-se de emigração).

ATIVIDADE 4

OS CONCEITOS DE ACULTURAÇÃO E ASSIMILAÇÃO

O termo “aculturação” foi criado em 1880 por um antropólogo chamado J. W. Powell para designar as transformações dos modos de vida e pensamento dos imigrantes em contato com a sociedade norte-americana (CUCHE, 2002, p. 114).
A aculturação não significa “deculturação” simplesmente . Pois o “a” na frente não tem o sentido de “falta de” ou “privação”, como ocorre com outras palavras. Por exemplo: amorfo, sem forma, ou ainda amoral, como alguém que não tem moral. Não é esse o caso da palavra aculturação. O “a” no início da palavra vem etimologicamente do latim ad, que significa um movimento de aproximação.
Com o passar do tempo, a palavra se transformou em conceito para explicar o contato entre diferentes povos. E a partir de então o termo passa a significar:
“A aculturaçã o é o conjunto de fenômenos que resultam de um contato contínuo e direto entre grupos de indivíduo s de culturas diferentes e que provocam mudanças nos modelos (patterns ) culturais iniciais de um ou dos dois grupos.”
CUCHE, Dennys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. 2. ed. Bauru: EDUS C, 2002. p. 115.
A aculturação:
*não é necessariamente sinônimo de mudança cultural;
*não é apenas difusão de traços culturais;
*não pode ser confundida com assimilação.
A aculturação não é necessariamente sinônimo de mudança cultural. Mudar, toda cultura muda. Não há cultura que permaneça estática, que não se transforme, pois a cultura é um eterno processo. E que a mudança cultural é parte de toda cultura. Entretanto, algumas mudam mais rápido, outras mais devagar.
Dê o exemplo de muitos grupos indígenas que, segundo o senso comum, dão a impressão de não mudar, porém isso ocorre, pois nós não os conhecemos direito.
As culturas mudam não só devido a causas externas, isto é, elas não mudam apenas pelo contato com outras culturas, mas também devido a fatores internos à própria cultura. E se a aculturação vem do contato com outros povos, confundi-la com mudança cultural é deixar de lado toda uma parte da mudança cultural que é a transformação por fatores internos
à própria cultura.
A aculturação não é somente difusão de traços culturais. Pois ela é um processo maior e mais complexo do que a difusão de traços e característica s que pode ocorrer sem que povos entrem em contato direto entre si. Por exemplo, por meio de livros, revistas, filmes etc. Mas a aculturação pressupõe justamente o contato direto de pessoas de diferentes grupos.
A aculturação não pode ser confundida com assimilação. Ela não é sinônimo de assimilação. Povos aculturados não são necessariamente assimilados. Pois nem todo processo de aculturação resulta necessariamente na assimilação total de um grupo por outro:
“Por outro lado, não se pode confundir aculturação e ‘assimilação’ . A assimilação deve ser compreendida como a última fase da aculturação, fase aliás raramente atingida. Ela implica o desaparecimento total da cultura de origem de um grupo e na interiorização completa da cultura do grupo dominante.”
CUCH E, Dennys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. 2. ed. Bauru: EDUS C, 2002. p.116.
De fato, a assimilação seria a última etapa de todo o processo de aculturação devido ao contato de dois grupos, pois implica o fim da cultura de um dos grupos, uma vez que a cultura do segundo grupo é totalmente assimilada pelo primeiro. Ora, a assimilação total de um grupo por outro é algo muito difícil de ocorrer. E, assim, a aculturação na grande maioria das vezes não provoca o fim de uma das culturas. Na verdade , na maioria das vezes ambos os grupos se modificam. É verdade que as modificações são em geral maiores em um grupo do que no outro. Dificilmente um dos grupos acaba. Os novos costume s, ou características, são sempre internalizados por ele de acordo com a sua lógica interna. Apesar das modificações, a lógica interna permanece muitas vezes. Com isso mantém-se a forma de raciocina r do grupo. Por exemplo: o uso de roupas ocidentais por grande parte da humanidade não faz com que os grupos deixem de pensar como sempre pensaram. A incorporação do jeans e da camiseta como quase um uniforme por todos os jovens não faz com que eles pensem da mesma forma ou que deixem de ter seus valores de acordo com a cultura na qual estão inseridos. O que não significa que não sejam influenciados pelos valores de outra cultura.
É verdade também que às vezes as mudanças são tão intensas que um dos grupos pode
realmente acabar. De qualquer forma, é sempre bom destacar que praticamente não há cultura que não se modifique pelo contato com outra. Ou seja, que o processo de aculturação quase sempre se dá dos dois lados. É por isso também que há autores que vão criticar a ideia de aculturação, pois ela muitas vezes parece não dar conta de que o processo é recíproco, mesmo que raras vezes seja simétrico. Normalmente é um processo assimétrico. Uma cultura quase sempre se transforma mais do que a outra, pois as culturas não estão em pé de igualdade.
A Era Vargas pode ser um exemplo para os alunos. Os estrangeiros aqui residente s foram proibidos de falar suas respectivas línguas, seus jornais foram fechados, e muitos locais tiveram que mudar seus nomes. Durante esse período, os estrangeiros que aqui viviam foram forçados a passar por um processo de assimilação da cultura brasileira. Por quê? É o caso de mostrar que isso ocorreu mais intensamente com os alemães e japoneses, pois o Brasil estava em guerra com esses países.

COM BASE NA LEITURA DO TEXTO, RESPONDA AS SEGUINTES QUESTÕES:

1) Defina o que é aculturação?

2) Defina o que é assimilação?

3) Por que a aculturação não pode ser confundida com assimilação?

4) Quem criou? E quando foi criado o termo “aculturação”?

5) Dê exemplos de aculturação entre os jovens do país. 

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